Submarino nuclear dos EUA chega à Coreia do Sul
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terça-feira, 25 de abril de 2017
Agência Brasil
O governo sul-coreano confirmou a agências de notícias em Seul que o submarino USS Michigan, um submarino nuclear norte-americano com misseis guiados, chegou ao mar sul-coreano hoje (24). O submarino, movido a energia nuclear, foi enviado pelos Estados Unidos para pressionar o governo da Coreia do Norte a desistir de seu programa de armamento nuclear.
Até agora nem a Coreia do Sul nem o governo norte-americano confirmaram se o submarino vai se juntar ao porta-aviões e à esquadra japonesa que participam de exercícios conjuntos no Oceano Pacífico, próximo ao Japão.
O submarino foi projetado originalmente para transportar ogivas nucleares, mas, em 2004, foi modificado para carregar armamento de menor porte. Mesmo assim tem capacidade para lançar até 100 misseis Tomahawks arma que não requer piloto e tem alcance de quase 2 mil quilômetros.
O envio do submarino ocorre no mesmo dia em que o exército norte-coreano participou de um exercício de artilharia para marcar os 85 anos da fundação de seu exército.
A imprensa sul-coreana divulgou que o líder Kim Jong-Um participou da atividade e que artilharia de longo alcance teria sido testada.
Em Seul, altos funcionários dos governos sul-coreano, japonês e norte-americanos se reuniram hoje também para discutir a tensão bélica na região.
Em uma entrevista coletiva, eles disseram que vão trabalhar juntos em três frentes: diplomática, econômica e militar.
A imprensa chinesa, entretanto, repercute críticas internas sobre os exercícios militares conjuntos do Japão e dos Estados Unidos na região. O governo chinês já pediu algumas vezes mais diálogo e menos "artilharia".
Internamente, o governo norte-americano se articula junto ao Congresso para discutir um eventual ataque real à Coreia do Norte. Para amanhã (26) está prevista uma reunião na Casa Branca, entre o presidente Donald Trump, o secretário de Estado, Rex Tillerson, e uma comitiva de 100 senadores.
Eles receberam um resumo do cenário na região e da frente de ação norte-americana e seus aliados. Se a Casa Branca decidir por um ataque, Trump precisaria da aprovação do Congresso.
SANÇÕES
Na Coreia Norte, o governo recebeu como provocação a notícia de reunião extraordinária das Nações Unidas para discutir novas sanções ao país. Previsto para sexta-feira (28), o encontro será presidido pelo secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson.
Em um comunicado divulgado pela TV estatal, o governo norte-coreano disse que os "Estados Unidos já alçaram a espada contra o país" e que "a Coreia do Norte também vai puxar a espada e lutar até o fim", contra o que chamou de "imperialismo".