São Paulo - Milhares de manifestantes escalaram os muros da Embaixada dos Estados Unidos no Cairo e arrancaram a bandeira americana, pendurada no prédio, durante protestos contra um filme considerado ofensivo ao islã.
No lugar da bandeira americana -rasgada em pequenos pedaços-, os manifestantes tentaram hastear uma bandeira negra com a frase ''Não há Deus senão Alá, e Maomé é seu profeta'', disse um repórter da agência Reuters presente no local.
Segundo o site do jornal egípcio ''Ahram'', os manifestantes são cerca de 4 mil salafistas que responderam ao chamado de um líder religioso radical, Abdel-Wareth, para um protesto público contra o filme ''Muhammad's Trial'' (''O Julgamento de Maomé'') -produzido nos EUA e que, segundo os críticos muçulmanos, insulta o profeta.
Muçulmanos consideram ofensiva qualquer reprodução de imagens que retratem Maomé. Os manifestantes deveriam se reunir às 17h (horário local), em frente à embaixada americana no Cairo, segundo a convocação de Abdel-Wareth, que também é presidente do canal de TV egípcio Hekma.
Imagens do episódio também foram exibidas pela rede de TV americana CNN.
O protesto, inicialmente pacífico, ficou tenso depois que manifestantes começaram a lançar fogos de artifício. Alguns presentes pensaram que o barulho fosse de tiros.
O Exército egípcio interviu, cercando a embaixada para conter a situação. Não há relato de feridos ou mortos, nem de danos ao edifício da embaixada.