Maioria das vítimas são moradores da cidade de Dacha-Suu, vizinha ao aeroporto
Maioria das vítimas são moradores da cidade de Dacha-Suu, vizinha ao aeroporto | Foto: Vyacheslav Oseledko/AFP



São Paulo - Ao menos 37 pessoas morreram nesta segunda-feira (16) após um avião de carga cair em uma zona residencial quando se preparava para pousar no aeroporto de Bishkek, capital do Quirguistão. A maioria das vítimas são moradores da cidade de Dacha-Suu, vizinha ao aeroporto, onde caiu a aeronave, segundo um porta-voz do Ministério de Situações de Emergência do país. O Ministério da Saúde do Quirguistão afirmou que quatro tripulantes do voo também morreram no acidente.

O Boeing-747 da empresa turca ACT Airlines havia decolado de Hong Kong com destino a Istambul e tinha uma escala planejada na capital do Quirguistão. "Ao menos 15 casas ficaram destruídas", afirmou um porta-voz do governo. "O avião caiu sobre as casas e matou famílias inteiras", relatou uma testemunha.

O presidente do Quirguistão, Almazbek Atambaiev, expressou suas condolências às famílias das vítimas e deu ordem ao governo de "investigar minuciosamente o que originou a tragédia", segundo um comunicado da chefia do Estado. Além disso, decretou que nesta terça-feira (17) será declarado luto nacional.

A aeronave se acidentou "devido às más condições meteorológicas" durante o pouso, indicou Mujammed Svarov, um alto representante do ministério, em declarações à imprensa local. O pouso da aeronave, que deveria fazer escala em Biskek para reabastecer, ocorreu com névoa, mas "as condições meteorológicas permitiam aterrissar", indicou o vice-primeiro-ministro quirguiz, Mujametkali Abulgaziev.

"Onze aviões realizaram seu pouso na névoa" antes do Boeing turco, disse em uma entrevista coletiva transmitida pela televisão pública. "Segundo as primeiras conclusões dos especialistas, trata-se de um erro de pilotagem."

Fundada em 2004 e com sede em Istambul, 49% da ACT Airlines pertence ao grupo chinês HNA Group e em 2011 foi rebatizada com o nome de myCargo. O fabricante de aviões americano Boeing afirmou que suas equipes estavam dispostas a participar da investigação.