A polícia italiana prendeu duas pessoas envolvidas no roubo de uma relíquia do papa João Paulo II, morto em 2005. A relíquia foi roubada sábado (25) na Igreja de São Pedro de Ienca, em Áquila, na região de Abruzzo, informaram nesta quinta-feira fontes policiais. Foi encontrada uma parte do relicário, que continha um pedaço de tecido da batina de João Paulo II, manchada de sangue durante o atentado que o papa polonês sofreu na Praça de São Pedro, no dia 13 de maio de 1981. Ainda não foi localizada a relíquia completa e, por isso, a polícia continua as buscas.

Os detidos, de 23 e 24 anos, confessaram o roubo do relicário e de uma cruz da igreja, que também foi encontrada, acrescentaram fontes policiais, que não deram mais detalhes sobre o caso.

O presidente da Associação São Pedro de Ienca, Pasquale Corriere, responsável pelo santuário do qual desapareceu a relíquia, informou que falta um pedaço do tecido manchado de sangue, mas acredita que ele será encontrado.

O procurador de Áquila, David Mancini, ordenou um novo interrogatório dos detidos para que confessem onde se encontra o restante da relíquia.

O papa João Paulo II era muito ligado à região de Abruzzo, onde costumava caminhar, meditar e esquiar. Em 2011, o relicário foi entregue ao pequeno santuário.

Nesta quinta-feira (30), o antigo secretário do papa, o cardeal polonês Stanislaw Dziwisz, telefonou às autoridades para pedir a devolução da relíquia antes da canonização de João Paulo II, prevista para 27 de abril.