Reino Unido - A polícia britânica deteve cinco pessoas vinculadas ao atentado de Manchester reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico (EI) e confirmou nesta quarta-feira (24) que o autor fazia parte de uma célula terrorista. "Está claro que estamos investigando uma célula", disse à imprensa o comandante da polícia de Manchester, Ian Hopkins, ao ser questionado se estavam procurando especificamente o homem que fabricou a bomba, que teria sido detonada por Salman Abedi, 22. O atentado aconteceu na segunda-feira (22), ao final de um show da cantora pop americana Ariana Grande, e deixou 22 mortos e 59 feridos.
Além dos cinco detidos pela polícia britânica, também foram presos em Trípoli, a capital líbia, Ramadan e Hachem Abedi, pai e irmão do suicida, respectivamente. Ramadan foi preso nesta quarta e Hachem, no dia anterior, afirmou à AFP uma autoridade da segurança líbia.
De acordo com um parente, Salman Abedi esteva na Líbia e viajou à Inglaterra quatro dias antes do atentado. "Seu pai queria que ele ficasse na Líbia, mas Salman insistiu em retornar a Manchester", declarou. Aparentemente, Hachem Abedi estaria ciente dos planos do irmão.
A hipótese de cúmplices do atentado motivou a decisão do governo de ativar o nível máximo de alerta terrorista, agora no grau "crítico", o que significa que outro ataque é "iminente".
Em resposta ao aumento do nível de alerta, quase mil soldados foram mobilizados, segundo uma fonte do ministério da Defesa. A Scotland Yard informou que os soldados permanecerão sob seu comando e integrados em sua estrutura para fornecer "proteção armada estática em locais-chave", que incluem o Palácio de Buckingham, Downing Street [residência da primeira-ministra], embaixadas e o Parlamento".

VÍTIMAS
A polícia anunciou ter concluído o processo de identificação de todas as vítimas e entrou em contato com as famílias. Em quatro ou cinco dias, após a conclusão de todos os exames dos legistas, "poderemos comunicar formalmente os nomes" dos mortos, anunciou a polícia em uma nota oficial.