São Paulo - O ministro da Defesa do Iêmen, Ahmad Mohammed Nasser, ficou ferido na explosão de um carro-bomba ontem na capital Sanaa. Pelo menos sete pessoas morreram na ação, em sua maioria agentes de segurança. Nasser saía de uma reunião na sede das forças de segurança do país quando o comboio que o levava foi atingido pelo atentado. A explosão destruiu o primeiro carro da comitiva, onde não estava o ministro.
No local, acontecia um protesto contra o governo civil que assumiu o comando do país após a saída do ditador Ali Abdullah Saleh, em fevereiro. As autoridades confirmam que o ministro foi levemente ferido na ação, enquanto sete agentes de segurança foram mortos. Ainda não estão confirmadas as mortes de civis, mas as autoridades dizem que a ação atingiu cinco pedestres.
A explosão também não foi reivindicada por nenhum grupo terrorista, apesar de haver suspeitas de que o ato tem relação com a morte do número dois da rede terrorista Al Qaeda no país, anunciada na segunda. Anteontem, o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, disse que as forças de segurança frustraram três atentados simultâneos em Sanaa e outras duas cidades que foram atribuídos ao grupo.
O saudita Said Ali al Shehri foi morto em uma operação do Exército iemenita no vale de Hadramut, no leste do país, na semana passada. O Ministério, que não forneceu detalhes sobre as circunstâncias do ataque, disse que a morte do dirigente foi ''um duro golpe aos terroristas''.
Al Shehri era braço-direito do iemenita Nasser al Wahishi, o emir da Al Qaeda na Península Arábica, desde o anúncio da fundação da organização no Iêmen, em 2009. Ele esteve preso em Guantánamo, de onde foi libertado em 2008, quando retornou para a Arábia Saudita e, pouco depois, para o Iêmen.

Imagem ilustrativa da imagem Ministro do Iêmen é ferido após explosão