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Miami - Miami acordou nesta segunda-feira (11) com árvores e galhos caídos, semáforos inoperantes, estradas fechadas e barcos afundados, mas os moradores estavam aliviados, uma vez que a tempestade que engoliu as zonas costeiras não tenha causado os danos catastróficos previstos quando Irma se aproximava.

Equipes de limpeza começaram a trabalhar ao amanhecer para tirar das ruas escombros, árvores, galhos, postes, cartazes e sinais de trânsito caídos, que ficaram aparentes logo após a água recuar nesta segunda.

No domingo (10), a vizinhança de Brickell, no centro de Miami, distrito financeiro em frente ao mar, ficou inundada pelas águas que ultrapassaram os diques e invadiram quarteirões inteiros. A costa de Miami, assim como suas ilhas, é propensa a inundações significativas mesmo com chuvas de menor intensidade, um problema endêmico da zona devido à falta de elevações e pelo aumento do nível do mar.

Alguns moradores que se negaram a deixar suas casas passeavam com seus cachorros e avaliavam com curiosidade, e certo alívio, os danos. "Se isto tivesse sido um furacão de categoria 4, o cenário seria diferente. Não teríamos eletricidade por semanas, mas, diferente disso, já a recuperamos esta manhã", afirmou à AFP Bob Lutz, um empresário de 62 anos. "Assim, todos estamos contentes de que não aconteceu nada grave", acrescentou, aliviado de não ter saído de seu apartamento. "Mas foi um alagamento impressionante, era muita água."

No porto esportivo de Brickell, os barcos estavam submersos e alguns totalmente afundados.

Mais ao sul, em um porto esportivo em Coconut Grove, algumas embarcações foram arrastadas terra adentro pela agitação do mar que, segundo os vizinhos, entrou pelo menos 150 metros.

Enquanto isso, as ruas da arborizada área residencial de Coral Gables estavam cobertas de galhos caídos e árvores arrancadas pela raiz, algumas das quais foram derrubadas sobre as casas, sem que fossem relatadas vítimas.

CUBA
Em Cuba, ao menos dez pessoas morreram devido à passagem do furacão Irma. Segundo autoridades, a maior parte das mortes foi causada pelo desabamento de prédios e casas.

A tempestade chegou à ilha no fim do dia de sexta-feira (8) como um furacão de categoria 5, com ventos de 253 km/h. O olho do furacão passou pelo litoral norte de Cuba.