São Paulo - O Irã encerrou nesta terça-feira (14) as buscas por sobreviventes do terremoto que atingiu o país no domingo (12), enquanto o número de mortos subiu para 530 no País, de acordo com a agência estatal "Irna". Outras 8 mil pessoas ficaram feridas. O tremor, de magnitude 7,3, atingiu ainda o vizinho Iraque, deixando 8 pessoas mortas e 535 feridas, segundo o governo local.
Agora, a preocupação das equipes de segurança é com os feridos e com os desabrigados - ainda não há uma estimativa oficial do número de afetados. A região do terremoto, no norte do Irã, está sem luz e água e tem temperaturas baixas, aumentando a chance de novas mortes.
O abalo terremoto afetou cidades e vilarejos na área montanhosa da província de Kermanshah, que faz fronteira com o Iraque, quando muitas pessoas estavam em casa dormindo. Ao menos 14 províncias iranianas foram atingidas. A cidade de Sarpol-e Zahab foi a mais afetada, com 236 mortes.
"Mais pessoas vão morrer por causa do frio. Minha família vive próxima a Sarpol-e Zahab e eu não posso nem ir lá, não sei se estão vivos ou mortos", disse à agência Reuters Rojan Meshkat, 38, que mora na região.
Pelo menos 30 mil casas e duas vilas na região foram destruídas pelos tremores.
O presidente do Irã, Hassan Rouhani, chegou na manhã desta terça-feira à área atingida pelo terremoto e prometeu que o governo "usará todos as suas forças para solucionar os problemas no menor tempo possível".
A televisão estatal afirmou que milhares de pessoas estão se amontoando em acampamentos improvisados, enquanto outros passaram a segunda noite ao ar livre, com medo de mais tremores após 193 abalos secundários.