Balneário de Bormes-les-Mimosas, na Côte d’Azur, foi um dos mais afetados pelos incêndios florestais
Balneário de Bormes-les-Mimosas, na Côte d’Azur, foi um dos mais afetados pelos incêndios florestais | Foto: Marion Leflour/AFP



São Paulo - Mais de 10 mil pessoas, incluindo centenas de turistas, tiveram de deixar nesta quarta-feira (26) o balneário francês de Bormes-les-Mimosas, na Côte d'Azur, após novos incêndios atingirem a região. Desde o início da semana, vários focos têm arrasado milhares de hectares de mata no sul na França.

Embora a maior parte das pessoas retiradas tenha passado a noite em locais fornecidos pelas autoridades, alguns preferiram dormir em seus veículos ou em praias da região. Segundo o prefeito da comuna francesa, cerca de 3.000 eram turistas que estavam em campings. "O fogo segue avançando" devido às fortes rajadas de vento na região, afirmou o chefe das operações de resgate, Serge La Vialle. Esse incêndio já destruiu 1.500 hectares. Cerca de 550 bombeiros foram mobilizados, ajudados por aviões.

As autoridades pediram aos turistas que permaneçam nas praias e não voltem aos campings. "Perto da meia-noite vimos as primeiras chamas e em dez minutos já haviam alcançado o topo das montanhas", contou Christian Fabre, um morador da região. "Foi tudo muito rápido".

Os bombeiros combatiam novos incêndios no departamento vizinho de Bouches-du-Rhône. Depois de um primeiro foco ter sido controlado na cidade de Martigues, que destruiu 50 hectares de terreno, um segundo "mais grave" foi identificado nesta quarta-feira em Peynier, perto de Aix-en-Provence. "Este incêndio é muito preocupante e pode destruir grandes superfícies se piorar", advertiu a secretária-geral de Defesa e Segurança, Magali Charbonneau.

Desde segunda os incêndios no sudeste da França, na costa mediterrânea e na ilha de Córsega devastaram mais de 5.000 hectares. Mais de 20 bombeiros ficaram feridos nas operações. O sudeste da França sofre com a seca há semanas, a qual se somam ventos que aumentam o risco de incêndios.