EUA já são o país que mais destina dinheiro ao setor no mundo: cerca de US$ 600 bilhões por ano
EUA já são o país que mais destina dinheiro ao setor no mundo: cerca de US$ 600 bilhões por ano | Foto: Shutterstock



São Paulo - Um dia antes de visita ao Congresso norte-americano para discutir o orçamento do governo, o presidente Donald Trump reforçou algumas das promessas que vem fazendo desde a sua campanha. Em discurso na Casa Branca, ele destacou que vai propor um "aumento histórico" em despesas com defesa, ressaltando que o Oriente Médio tornou-se um "ninho de vespas". A proposta inclui um aumento de quase 10% nos gastos com defesa, que deverão ser compensados por cortes em outros setores, informaram autoridades.

O orçamento prevê um crescimento de US$ 54 bilhões nos gastos militares, enquanto os cortes em outros setores para custear esse aumento provavelmente atingirão os fundos de ajuda a outros países - refletindo o discurso de Trump para que os aliados dos EUA desempenhem um maior papel nos esforços globais de pacificação. Os EUA já são o país que mais destina dinheiro ao setor no mundo: cerca de US$ 600 bilhões por ano.

Após afirmar que o governo não deve se apoiar somente em reformas, Trump disse que pretende destinar recursos ao combate a crimes violentos e a manter fora do país os criminosos e terroristas. "Nosso foco é manter fora do país as más pessoas", ressaltou o presidente norte-americano.

O republicano também procurou mostrar que vai tentar fazer com os recursos sejam utilizados de forma mais eficiente. "Nós vamos fazer mais com menos", disse Trump, acrescentando que também pretende dar mais autoridade aos Estados e substituir o Obamacare por outro programa de saúde.

Em relação a investimentos para estimular a economia, Trump destacou que "não há outra escolha" a não ser investir em infraestrutura. Sobre a receita, disse que quer cortar impostos "substancialmente", sugerindo que alíquotas menores vão incentivar a economia dos EUA.

O presidente dos EUA comentou ainda as tarifas com relação a produtos de outros países. Ele prometeu fazer com que os impostos entre países "sejam mais justos". "O que é justo para eles pode não ser justo para nós, o que queremos é comércio justo", afirmou. (Com Folhapress)