Washington - Os Estados Unidos anunciaram a adoção de uma série de sanções financeiras contra o vice-presidente da Venezuela, Tareck El Aissami, acusado pelo país de ser traficante de drogas internacional. As informações são da Rádio França Internacional.

Aissami rejeitou as acusações e sanções dos EUA contra ele por tráfico internacional de drogas
Aissami rejeitou as acusações e sanções dos EUA contra ele por tráfico internacional de drogas | Foto: Juan Barreto/AFP



Segundo um comunicado divulgado pelo Tesouro Nacional americano, "as sanções são o resultado de vários anos de investigação que visam importantes traficantes de drogas nos EUA". De acordo com o texto, "as medidas também demonstram que a influência e o poder não protegem aqueles que se envolvem em atividades ilegais".

De acordo com o Tesouro americano, El Aissami "facilitou a distribuição de drogas na Venezuela, controlando os portos e a decolagem de aviões de uma base aérea do país." O vice-presidente também teria recebido propina para facilitar a entrega de carregamento de drogas do cartel liderado pelo venezuelano Walid Makled Garcia, afirmam os membros do órgão americano.

El Aissami também está vinculado ao envio de drogas ao cartel de Los Zetas, um dos mais perigosos do México. O vice-presidente, 42 anos, chavista convicto, é um dos dirigentes mais influentes do Partido Socialista Unificado da Venezuela, que está no poder desde 1999. Ele foi nomeado à vice-presidência do país em janeiro.

Até agora, El Aissami era visto como o provável sucessor do presidente Nicolás Maduro. Ele foi governador do Estado de Aragua, considerado como um dos mais violentos do país, e acusado de ter facilitado a entrega de passaportes venezuelanos a supostos terroristas.

Aissami rejeitou as acusações e sanções dos EUA contra ele por tráfico internacional de drogas, classificando-as de "agressão miserável e infame" e pondo fim à trégua que o governo de Nicolás Maduro deu ao presidente americano, Donald Trump.

"Pessoalmente, recebo esta miserável e infame agressão como um reconhecimento da minha condição de revolucionário anti-imperialista. Venceremos", escreveu El Aissami no Twitter, respondendo ao anúncio do congelamento dos bens que possa ter em território americano.