São Paulo - Após o anúncio da indicação de Jared Kushner, genro do presidente eleito, Donald Trump, para um cargo na Casa Branca, congressistas democratas pediram ao Departamento de Justiça e ao Gabinete de Ética Governamental que a nomeação seja barrada. Os adversários de Trump afirmam que a indicação de um parente para o governo viola as regras antinepotismo dos Estados Unidos, que datam de lei de 1967.

"Há argumentos fortes que sustentam que a Casa Branca é uma 'agência' nos termos do estatuto antinepotismo e que se aplicam para barrar a nomeação de Kushner para a equipe da Casa Branca", disse na segunda-feira (9), em comunicado, um grupo de democratas membros da Comissão de Justiça da Câmara dos Deputados.

A equipe do republicano afirma que a nomeação é legal, tomando como base uma decisão judicial de 1993 segundo a qual o presidente tem autoridade para indicar membros de sua equipe da Casa Branca "sem restrições de outras leis". Sob a administração republicana, Kushner deve exercer o cargo de conselheiro sênior da Presidência.

Ao comentar a indicação, na segunda-feira, auxiliares de Trump disseram que Kushner pretende abrir mão de seu salário, além de se distanciar da liderança de seus negócios. Kushner, de 35 anos, é casado desde 2009 com Ivanka Trump, filha do presidente eleito. A empresa dele, as Organizações Kushner, é uma das maiores do ramo imobiliário em Nova York e é dona do portal "New York Observer".

A figura de Kushner emergiu ainda durante a campanha eleitoral como uma das principais vozes na equipe de Trump, especialmente nas áreas de estratégia e financiamento.