São Paulo - Com frases como "sem policiais assassinos" e "vidas negras importam", manifestantes cobraram pacificamente nesta quarta (28) uma investigação federal sobre a morte de um homem negro desarmado na Califórnia, ocorrida no dia anterior. O incidente registrado em El Cajon, 24 km a leste de San Diego, é a mais recente de uma série de mortes de afro-americanos por policiais.
Dois policiais se depararam com o homem não identificado, de cerca de 30 anos, atrás de um restaurante, após receberem relatos de alguém que "agia fora de si", disse a polícia de El Cajon em um comunicado. O homem não acatou a ordem de tirar a mão do bolso, acrescentou. Na versão da polícia, os agentes tentaram falar com o homem, que "retirou um objeto do bolso da calça, juntou as mãos e as esticou em direção ao oficial, no que pareceu ser uma posição para atirar". O chefe da polícia, Jeff Davis, não descreveu o objeto, mas disse que não foi recuperada uma arma de fogo.
O agente para quem o homem apontava atirou "várias vezes", enquanto um segundo policial disparou simultaneamente seu taser (arma que dá choques), indicou a polícia. Rapidamente, cerca de uma centena de manifestantes se reuniram na cena, acusando a polícia de disparar sem advertência.