Presidente colombiano Juan Manuel Santos anda sobre a droga apreendida na quarta-feira
Presidente colombiano Juan Manuel Santos anda sobre a droga apreendida na quarta-feira | Foto: Presidência da Colômbia/AFP



Bogotá - A polícia colombiana informou neta quinta-feira (9) que a apreensão de cocaína no departamento de Antioquia, anteontem, foi a maior quantidade já registrada no País. O tóxico pertencia ao cartel Clã do Golfo, o maior grupo criminoso da Colômbia.

"Finalmente, foram apreendidas 13 toneladas e 398 quilos da droga. Essa foi a contagem final", disse à Radio Caracol o diretor da polícia colombiana, o general Jorge Hernando Nieto. O anúncio da maior apreensão da droga na história do país foi feito pelo presidente colombiano Juan Manuel Santos. A informação é da EFE.

A quantidade é quase uma tonelada e meia a mais do que havia sido inicialmente informado. O número subiu depois do término da pesagem de tudo que foi encontrado. Cerca de 400 homens da Direção Antinarcótico da polícia participaram da operação, denominada Lourdes, que incluiu um "ataque aéreo" simultâneo em quatro fazendas dos municípios de Chigorodó e Carepa.

O general Nieto disse que foi "a maior apreensão" de cocaína realizada no país em esconderijos onde era armazenada a droga, que depois era enviada ao exterior através de lanchas rápidas e navios cargueiros. Essa quantidade do entorpecente está avaliada US$ 1,5 bilhão nos EUA e na Europa.

A cocaína estava "em caixas escondidas debaixo da terra" e, segundo as investigações, "pelo menos dez organizações dos departamentos de Chocó e Antioquia, estavam envolvidas, assim como das regiões de Catatumbo e Los Llanos Orientales, entre outros. A droga era vigiada por integrantes do Clã do Golfo, comandados pelo traficante "Mordisco".

O carregamento pertencia a Dairo Antonio Úsuga, conhecido como 'Otoniel', o chefe máximo da organização e o homem mais procurado na Colômbia e também o maior produtor e exportador mundial de cocaína.
O Clã do Golfo surgiu de remanescentes dos grupos paramilitares de extrema direita desmobilizados em 2006. Em setembro, 'Otoniel' fez o governo saber de sua intenção de se submeter às autoridades, após quase dois anos de intensa busca policial.