Na esfera de governo, há a perspectiva de que o uso de biometria para acesso a dados e serviços públicos digitais seja ampliado. Quem afirma é o secretário de Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MP), Marcelo Pagotti, que, em parceria com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), desenvolve um projeto piloto neste sentido.
O objetivo é testar o uso da biometria primeiro internamente para então disponibilizá-la para outros ministérios, em situações que julguem necessárias. O Ministério da Saúde já manifestou o desejo de utilizar a tecnologia para a identificação de pacientes no sistema público de saúde. A ideia é que o uso de biometria esteja à disposição da população em 2017.
"Hoje quando o cidadão precisa de um serviço do governo e necessitamos de identificação de quem está solicitando, pegamos um documento público como a carteira de identidade, a carteira de motorista ou passaporte com uma foto para que o servidor possa identificar se o solicitante é aquele cujo nome está no papel. O objetivo do uso da biometria é facilitar essa identificação e evitar o falso positivo. Tenho amigos que têm 30 anos e usam um RG que fizeram com 15", comenta Pagotti.
"Alguns tipos de biometria garantem eficácia muito próxima a 100%, como a biometria por impressão digital, de imagens 3D. Você consegue ter um número de falso positivo muito reduzido", continua. Em um primeiro momento, o governo federal deverá utilizar a base existente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que emprega a biometria por impressão digital para a identificação de eleitores. "O TSE já tem hoje uma tecnologia de identificação mais precisa. Como a impressão digital é mais largamente utilizada, isso permite implementar o projeto mais rapidamente." O secretário de Tecnologia da Informação do MP acrescenta que a identificação biométrica para solicitação de serviços pelos dispositivos móveis também está sendo considerada. (M.F.C.)