Hoje, o IBM Watson Health também atua nas áreas de pesquisas clínicas, farmacêuticas, de mutações genéticas, imagem e interação medicamentosa. Para 2017, a IBM afirma que serão lançadas novas soluções relacionadas à análise de imagens. Em Curitiba, o analista de sistemas Jacson Fressatto usou o Watson para criar um robô que ajuda hospitais a identificarem rapidamente os casos de sepse, mais conhecida como infecção generalizada. O robô levou o nome de Laura, em homenagem à filha do desenvolvedor, que morreu vítima da doença.
A solução já é utilizada em um hospital da capital paranaense, e outras instituições londrinenses já manifestaram o desejo de implantar a tecnologia. Em apresentação no Hospital Evangélico na semana passada, Fressatto contou que a computação cognitiva permitiu que Laura fosse capaz de, em pouco tempo, chegar a conclusões que ninguém havia previsto antes. Ele cita o caso de um paciente que não manifestava sintomas da sepse, mas gerava o alerta da Laura. Depois de muita insistência da robô, a equipe do hospital resolveu visitar o paciente e descobriu que ele estava tomando um medicamento que "mascarava" os sintomas da doença.

‘Vírus’
"Laura é como um vírus", afirma o desenvolvedor. Isso quer dizer que o software da robô não precisa ser instalado nas máquinas do hospital - ela acessa o sistemas da instituição e dos seus laboratórios, busca e seleciona os dados necessários para a sua operação sozinha e chega aos resultados de exames, por exemplo, com duas a três horas de antecedência. Em se tratando de uma doença cujas chances de recuperação diminuem 8% a cada hora, tempo é fator crucial para salvar vidas. "Laura está conseguindo ‘disruptar’ uma área com peso de morte", diz Fressatto, que disponibilizou a robô gratuitamente, inicialmente, aos hospitais filantrópicos, e agora parte para outras instituições.
"Quando trazemos a tecnologia e computação cognitiva como um todo, as barreiras quebradas já a tornaram realidade para muitas indústrias do Brasil", comenta Eduardo Cipriani, líder de IBM Watson Health no Brasil. "Trazemos uma inovação disruptiva e as empresas como um todo já vêm percebendo, digerindo, e colocando isso no cronograma." (M.F.C.)