"A rastreabilidade é um processo que tem que ser bem mapeado com a identificação do produto na origem e registro de eventos que acontecerem na cadeia", pontua Nilson Gasconi, assessor de negócios da Associação Brasileira de Automação - GS1 Brasil. "Para a rastreabilidade, o grande gargalo esta aí", completa. A GS1 é responsável pelo padrão global de identificação de produtos e serviços na cadeia de suprimentos.

De acordo com Gasconi, a rastreabilidade tem quatro pilares: a identificação, a captura automática dos dados, o gerenciamento de vínculos – matéria-prima utilizada, lotes, etc – e a comunicação. Hoje, a tecnologia já permite que mais informações sejam armazenadas nos códigos de barras, de maneira que é possível, no final da cadeia, refazer todo o seu trajeto – desde a produção e distribuição, até a comercialização no varejo, atendendo aos anseios dos consumidores.

Um aplicativo disponibilizado pela GS1, chamado Inbar, permite que consumidores possam ler códigos de barras que utilizam os padrões da organização e tenham acesso às informações do produto. "Mas, para que isso funcione, é preciso que as empresas disponibilizem as informações do produto", observa Gasconi. "Ainda existem pontos que precisam ser trabalhados." A falta de rastreabilidade de produtos, segundo o assessor de negócios, pode trazer riscos ao consumidor, culminar em ações judiciais e causar impactos negativos à imagem da empresa.(M.F.C.)