Os jogos de pôquer on-line "só têm a acrescentar" ao pôquer em geral, diz o diretor da Confederação Brasileira de Texas Hold’em, Alberoni de Castro. Para ele, a internet ajudou a difundir o jogo entre mais praticantes. Mas, pela sua prática ser bem diferente do live, ele considera o pôquer on-line como uma modalidade diferente de um mesmo esporte, como o vôlei de quadra e o vôlei de praia.
"O desenvolvimento das plataformas de pôquer on-line fez com que muitos jogadores tivessem a oportunidade de jogar, principalmente em locais onde não existiam torneios ou jogos organizados. As premiações, e a sensação de que ‘qualquer um pode ganhar’, também foram fatores que impulsionaram essa indústria no mundo todo", pontua Fabrício Murakami, diretor do BetMotion, site de jogos e apostas on-line.
Segundo ele, o pôquer hoje é responsável por 10% do movimento do site, 30% dos cadastros gerais do BetMotion e 15% do total do faturamento da empresa, que gira em torno de R$ 1 milhão por dia. "O pôquer funciona como a porta de entrada para a plataforma. Depois do primeiro contato, os jogadores passam a se interessar por outras formas de entretenimento, como Cassino, Bingo e Slots entre outros", explica Murakami.

Esporte mental
Ainda se tem muitas dúvidas sobre a classificação do jogo de pôquer. Segundo Castro, o fato de o jogo, assim como qualquer outra modalidade esportiva, possuir atividade organizada com regras, jogadores, clubes, torneios, federações e confederação brasileira ligada a uma confederação internacional (International Mind Sports Association - IMSA), prova que o pôquer pode ser considerado um esporte. Por e-mail, o Instituto Jogo Legal, de Brasília (DF), destacou que a IMSA reconheceu oficialmente o pôquer como esporte mental. "Com isso, a entidade confirma o pôquer como um jogo de habilidade, assim como xadrez, bridge, damas e go, os outros esportes mentais que fazem parte da IMSA."(M.F.C.)