Leandro Bissoli alerta que há mercado negro para venda de exames ‘roubados’ pela internet
Leandro Bissoli alerta que há mercado negro para venda de exames ‘roubados’ pela internet | Foto: Marcos Zanutto



A fim de afastarem ataques e invasões, instituições de saúde de Londrina aumentam os esforços para orientar colaboradores, prestadores de serviço, pacientes e visitantes para a conduta correta no uso de recursos tecnológicos. Afinal, abrir um simples anexo ou clicar em um link malicioso em um e-mail de remetente desconhecido pode ser a porta de entrada para criminosos virtuais, e causar prejuízos irreparáveis. "O phishing (tipo de ataque comum em e-mails não solicitados) existe há 20 anos e as pessoas ainda estão usando a tecnologia sem olhar para esses riscos", comenta José Carlos da Silva, administrador de Rede e Infraestrutura da Unimed Londrina.
Na própria cooperativa, logo que um novo colaborador ingressa, ele recebe um manual que contém o código de conduta quanto ao uso dos recursos tecnológicos da organização, e assina um documento em que comprova ter conhecimento das normas, afirma Silva.
"O ponto mais vulnerável é a parte comportamental. Hoje todo mundo leva seus dispositivos (aos ambientes do setor de saúde)", comenta Márcio Brolesi, gerente de Tecnologia da Informação (TI) da Irmandade Santa Casa de Londrina (Iscal). O controle de acesso dos usuários e o monitoramento das atividades na rede são algumas maneiras de evitar pontos de vulnerabilidade, ele diz. Quando um funcionário ingressa, ele também assina um termo de confidencialidade, e em treinamentos os colaboradores são constantemente orientados sobre o sigilo das informações.
No Hospital Evangélico, há manuais de código de conduta desenvolvidos especificamente para colaboradores, prestadores de serviço e até pacientes. O acesso à rede também é restrito. "Os pacientes têm acesso à rede de forma separada da operação do hospital", afirma Paulo Boçois de Oliveira, diretor financeiro do Hospital Evangélico.(M.F.C.)