A Nintendo – responsável por todo o sucesso da tecnologia 3D em Super Mario 64 –, de forma quase irônica, ainda é uma das poucas grandes empresas do setor que focam em jogos no formato 2D de suas principais franquias, como os irmãos Mario e Luigi, Kirby e Donkey Kong.
Jogos em Side Scrolling ainda são lançados com frequência pela empresa japonesa, principalmente para seu videogame portátil, o Nintendo 3DS. O professor de biologia e estudante de biomedicina Wesley Ferreira de Mello tem 31 anos e é fã de jogos em 2D desde os tempos de Gameboy. "Sou nintendista e cresci jogando esse tipo de game. Muito do meu tempo de diversão ainda dedico para este formato, inclusive jogos antigos".
Para Mello, as empresas que apostam no 2D conseguem trazer ideias criativas para chamar a atenção dos jogadores. "Trata-se muito mais do que apenas correr e pular pelo cenário. Há sempre algo inovador, como uma boa história. Hoje, a maior parte da indústria oferece jogos com muito tutorial e pouca simplicidade. É tanta explicação que a descoberta do jogo, algo fundamental, fica em segundo plano".
Na opinião do biólogo, a Nintendo ainda consegue produzir jogos com essas caraterísticas, unindo simplicidade e inovação. Ele cita os novos jogos da franquia Kirby para 3DS e Donkey Kong Country: Tropical Freeze. "Sobre o Donkey Kong, muitos chegaram a dizer que o jogo era muito difícil. Mas não é essa justamente a graça? Sem dúvida, os jogos 2D ainda me trazem uma emoção diferente". (V.L.)