Imagem ilustrativa da imagem Mercado de eletrônicos aposta na conectividade
Fabricante aposta em equipamentos voltados à saúde, como balanças e termômetros inteligentes que se conectam ao smartphone
Imagem ilustrativa da imagem Mercado de eletrônicos aposta na conectividade
Tendência de conectividade do brasileiro e o seu apreço pelos smartphones têm sido bastante exploradas pelos fabricantes
Imagem ilustrativa da imagem Mercado de eletrônicos aposta na conectividade



O Brasil é o País mais conectado dos países do BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), segundo dados da pesquisa Conected Consumer Index 2016, divulgado pela Gfk na Eletrolar Show semana passada. O País também fica em segundo lugar na América do Sul e bem acima da média global, cujo índice de conectividade é de 313. O índice brasileiro chega a 460, colocando o País no 42º lugar no ranking mundial. Trata-se de uma medida elaborada pela consultoria para expressar o quanto os consumidores de 78 países e oito regiões do mundo se conectam digitalmente e quais dispositivos eles utilizam para isso.
O Conected Consumer Index contempla a utilização de 11 tipos de dispositivo - smartphone, tablet, mobile PC, computador, wearable, smart TVs, set-top boxes de TV, console de videogame, e-reader, carro conectado, casa inteligente. Como já era de se esperar, a maior contribuição para o índice de consumidores conectados no Brasil vem do uso dos smartphones. Mas o que chama a atenção é o avanço dos televisores inteligentes e dos wearables, que colocam os dispositivos como a segunda e terceira maiores fatias do índice da Gfk (veja no infográfico).
As fabricantes já perceberam a tendência de conectividade do brasileiro e o seu apreço pelos smartphones e lançam uma grande variedade de aparelhos eletrônicos que se conectam ao dispositivo móvel – e à internet. A importadora de São Paulo Alphacomex aposta em equipamentos voltados à saúde, como balanças e termômetros inteligentes que se conectam ao smartphone a fim de lançar o histórico de medidas de peso e de temperatura na nuvem.
Através de um aplicativo, a balança, da marca Withings, afere o peso do indivíduo que, somado a outros dados, permite calcular o Índice de Massa Corporal (IMC) e fazer estimativas de quanto longe ou perto a pessoa está do seu objetivo ou de tempo de atividade física recomendado. Assim que o usuário pisa na balança, os dados são automaticamente enviados ao app, explica a supervisora de Desenvolvimento de produtos da Alphacomex, Rita Duarte. A importadora também trouxe para o País um termômetro inteligente da mesma marca que faz a medição da temperatura pela têmpora em menos de quatro segundos, enviando os dados para um aplicativo da fabricante em seguida. "Os dados vão direto para o aplicativo para poder compartilhar com o médico."

Muita interação
Ao conectar seu produto a um app no smartphone, outra fabricante consegue que, além de ouvir música armazenada ou executada no aparelho, o usuário tenha outros tipos de interação com conteúdo digital através de uma caixa de som. "(A caixa de som) Tem uma série de funções agregadas que não se esperava ver em um produto como esse", destaca Rafael Camargo, diretor de Marketing da Chansport, empresa do Rio de Janeiro que comercializa produtos eletrônicos. A caixa de som, da marca Divoom, pode exibir em seu painel de LED um equalizador de som, um relógio, um termômetro ou até aviso de notificações em redes sociais. Se desejar, o usuário pode ainda fazer um desenho em formato de pixels no aplicativo e exibi-lo no painel do produto.
A empresa também comercializa produtos da PlayBulb, fabricante de lâmpadas LED que, conectadas ao smartphone, podem ser programadas para ligar ou desligar, e iluminar o ambiente com cores e efeitos diferentes. "A automação está no smartphone, porque acreditamos que ela só funciona com o consumidor se for plug and play", comenta Camargo. "A tendência é que passemos a ter tudo conectado ao smartphone."
Para o consultor da Gfk, Oliver Römerscheidt, ainda é cedo para os dispositivos conectados causarem impacto no mercado brasileiro. Mas não é preciso olhar para um horizonte muito distante para perceber que esse impacto não demora a acontecer. "A curto prazo, o tema ainda não gera uma receita adicional. Mas não é preciso especular muito para ver que antes de 15, 20 anos isso vai acontecer."