O gamer Pedro Pollo, 20, é fã dos portáteis, por onde costuma jogar a franquia do Pokemon
O gamer Pedro Pollo, 20, é fã dos portáteis, por onde costuma jogar a franquia do Pokemon | Foto: Saulo Ohara



Apenas nove meses no mercado e 10 milhões de unidades comercializadas em 2017. Para 2018, uma expectativa de dobrar esse número. O volume de vendas do Switch, novo videogame da Nintendo, impressiona e se há uma "sacada" da empresa japonesa em todo esse sucesso é a possibilidade de jogá-lo em qualquer lugar. Jogar games de forma portátil não é novidade na indústria de games, mas com a chegada de poderosos smartphones e gadgets específicos para isso - como os controles bluetooth -, as empresas cada vez mais estão criando e se reinventando, trazendo novidades para atrair o público que prefere se divertir em qualquer lugar. Enquanto mais liberdade, melhor.

Não importa se é um console específico ou no celular, muitos jogadores buscam a diversão de forma mais prática, muito disso pela falta de tempo em ficar em frente à TV. Diversas empresas já tentaram se enveredar por esse mercado, mas nem sempre foram bem sucedidas. Um dos casos mais recentes foi da Sony, com o fiasco do Playstation Portable (PSP), e principalmente, o PS Vita. Ambos caíram no ostracismo. "Eu acredito que esses consoles portáteis não alcançaram sucesso devido aos jogos ruins. Os games saíram do console de mesa para o portátil e ficaram sem qualidade. É difícil achar um game que chame a atenção", explica o proprietário da Koopa Troopa Games, Gabriel Modenuti.

Por outro lado, a Nintendo continua dominando este mercado. Não apenas com o híbrido Switch, mas principalmente com sua linha do 2DS e 3DS, com mais de 70 milhões de unidades vendidas em 2017. A fórmula de sucesso mescla diversos fatores: consoles com uma aderência excelente nas mãos (ótima pegada!), que cabem em qualquer lugar, e aposta em jogos exclusivos com personagens cativantes, como Zelda, Mario e o campeão de vendas: Pokemon. "A Nintendo deixa a questão do gráfico em segundo plano e foca em interatividade. Várias pessoas conseguem jogar com o game em apenas um dos consoles. São estratégias bacanas e franquias muito fortes ao longo dos últimos anos."

Estratégia
No caso do Switch, Gabriel explica que a gigante de Quioto conseguiu algo ainda mais interessante. "A empresa agora mescla a portabilidade com jogos mais hardcore, de maior poderio gráfico que estão chegando este ano, como Dark Souls. Não por acaso, existem especulações de que a Nintendo possa lançar este ano um Switch de tamanho menor comparado ao primeiro modelo, justamente para fortalecer ainda mais essa questão da portabilidade. Muitos acham o console atual um pouco grande para levar para qualquer lugar."

Praticidade
O servente da construção civil Pedro Dias Pollo tem 20 anos e gosta demais de videogames portáteis. Ele possui um 3DS e um New 2DS. Por falta de tempo para jogar consoles de mesa, mesmo tendo um PS4, ele prefere investir naqueles que pode levar para qualquer lugar. "Jogo enquanto estou transitando para o trabalho, em viagens. Gosto dos portáteis porque inclusive trazem uma interação maior com outros jogadores."

A franquia de que ele mais gosta é o Pokemon. "Os jogos têm um sistema de batalhas bem interessante e ainda é possível trocar os Pokemons com os amigos. Agora estou pensando em investir num Switch, principalmente para jogar o novo Zelda".