Imagem ilustrativa da imagem Comerciantes apostam nos PokéStops
| Foto: Fotos: Anderson Coelho
PokéStops podem ser encontrados em locais públicos como pontos históricos da cidade, instalações artísticas, museus e monumentos



Nos últimos dias, locais onde se vê um aglomerado de pessoas de olhos grudados no smartphone têm grandes chances de serem um PokéStop. Para quem não conhece o app Pokémon Go, jogo que se tornou sensação entre jovens e adultos, um PokéStop é um local real da cidade onde podem ser adquiridos ovos, Poké Bolas e outros itens especiais do game. Pokémon Go é um jogo para dispositivos móveis baseado na série animada dos anos 1990, Pokémon, que usa Realidade Aumentada. Para participar, os jogadores precisam sair de casa e "caçar" Pokémons que podem estar em diversos lugares físicos da cidade. Para encontrá-los, basta apontar a câmera do dispositivo na paisagem urbana que os bichinhos vão aparecer na tela do smartphone ou tablet.
Os PokéStops e ginásios (Gyms) – locais onde são realizadas batalhas entre Pokémons de times diferentes para obter controle sobre estes pontos - também estão aparecendo em áreas comerciais da cidade, fazendo do game uma grande oportunidade para os comerciantes angariarem clientes.
A Niantic Labs, produtora que desenvolveu o jogo, não deixa claro como Pokémon Go escolhe seus PokéStops e ginásios, mas afirmou por meio da assessoria de imprensa, via e-mail, que estes pontos podem ser encontrados em "lugares acessíveis publicamente como pontos históricos, instalações artísticas públicas, museus e monumentos". Isso quer dizer que, mesmo que o ponto de referência para um PokéStop ou ginásio seja um estabelecimento privado, não é necessário entrar no local para coletar itens ou realizar batalhas Pokémon, já que eles devem ser "lugares acessíveis publicamente".
Mas isso não impede que os estabelecimentos comerciais tirem proveito desse acaso para ganharem mais movimento. Em Londrina, o atelier de doces Hachimitsu, do bairro Bela Suíça, se tornou o ponto de referência para um ginásio Pokémon, e em sua página do Facebook já convocou os jogadores para fazerem uma parada no "ginásio do Hachimitsu".
Principalmente aos fins de semana, funcionários contam que o local enche de jogadores dentro e fora do estabelecimento. E depois de uma jornada em busca de uma melhor colocação no game, os jogadores aproveitam para entrar e beber ou comer alguma coisa. "Para a gente foi bom. A gente vai tentar trabalhar muito mais em cima disso, porque queira ou não o Pokémon Go é uma febre mundial e todas as empresas têm que aproveitar", diz Anderson Sato, da agência Target In, que cuida das redes sociais do Hachimitsu. Ele afirma que já estão sendo planejadas ações relacionadas ao game no atelier para atrair ainda mais público, como brindes ou campeonatos.
"Estamos começando a entender como funciona", diz ainda José Carlos Oliveira Junior, administrador do shopping Jardim Mall, que viu em poucos dias crescer o movimento em frente ao centro de compras. O chafariz em frente ao local é o ponto de referência para um PokéStop. Oliveira Junior se interessou tanto pelo fenômeno que já até comprou "iscas" de Pokémon oferecidas pelo jogo para atrair mais jogadores ao lugar. E funcionou, ele diz. "Deu bastante gente, e não só crianças, casais, pais com filhos também. O pessoal acaba conhecendo o mercado e as lojas."