Para saber se a adoção das placas fotovoltaicas é vantajosa alguns fatores precisam ser conhecidos, como o nível de irradiação solar no local, o consumo de energia da unidade consumidora, entre outros, ressalta Fabiano Meier, da Copel. Já para a empresa, o retorno da energia excedente traz alguns benefícios.
"Para a Copel, a geração de energia perto do local de consumo traz algumas vantagens, tais como redução dos gastos dos consumidores, economia dos investimentos em transmissão e geração de energia, redução das perdas nas redes e melhoria da qualidade do serviço de energia elétrica", elenca Meier.
Enerdan Dal Ponte informa que o Senai-PR promove um estudo de longa duração antes da instalação das placas em empresas e indústrias que solicitam o apoio. Além da capacidade de energia solar do local, eles observam a incidência de nuvens e também a área disponível para as placas.
"Temos de cuidar da orientação quanto ao Norte, tanto geográfico quanto magnético do planeta, para ter a maior captação de sol", explica. Um detalhe interessante é que as placas precisam de luz, não de calor. Segundo Dal Ponte, excesso de incidência solar pode até prejudicar a durabilidade do sistema.

POPULARIZAÇÃO DO SISTEMA
No Campus da Indústria do Senai-PR, em Curitiba, estão sendo instaladas placas fotovoltaicas que devem entrar em funcionamento no próximo mês de julho. No Núcleo de Sustentabilidade da entidade, situado na Cidade Industrial da capital (CIC), o equipamento já existe, acompanhado do uso de lâmpadas de LED.
Edson Bueno, consultor da área de eficiência energética e automação da unidade Senai/CIC, diz que a adesão aos sistemas está em sintonia com a atuação inovadora e sustentável da entidade. Ele conta que a estrutura em funcionamento no núcleo é menor, por se tratar de uma casa.
"Ela foi pensada para ser autossustentável. São 10 placas de cerca de 300 W cada uma. Esse cálculo das placas foi feito para suprir a iluminação da casa e alguns eletrodomésticos", relata. Como consultor, Bueno diz que indicaria o uso das placas em residências e acredita que os sistemas estarão mais baratos em breve, bem como surgirão novas opções para geração de energia.
"A maioria dos equipamentos é importada, mas a indústria nacional vem desenvolvendo para efetivar em residências, pequenos comércios e indústrias", diz. Dentre as tecnologias mais baratas, Bueno cita pesquisas que comprovam a possibilidade da geração de energia por meio de elementos naturais, como plantas e musgos. "No cenário atual, com a concepção das placas, não temos condições de concorrer com a China, porém, com essas novas tecnologias híbridas talvez a gente consiga num futuro próximo estar implementando", finaliza. (C.F.)