A queda da taxa Selic e da inflação fez com que comerciantes, industriais e consumidores começassem o ano de 2017 mais otimistas e confiantes. Porém, essa injeção de ânimo foi abalada pela instabilidade do cenário político e das reformas discutidas no Congresso Nacional. A avaliação é da economista e professora da Faculdade Arthur Thomas e Unopar, Clévia Israel França. Ela lembrou que a expectativa era de que, no segundo semestre, houvesse uma retomada do crescimento, mesmo que baixa, porém, o que se vê são empresas ainda bastante preocupadas e temerosas com a situação política e econômica do Brasil. "Surgiram algumas questões que interferem na tomada de decisão. E quando o cenário é incerto, a melhor ação é o planejamento", apontou.

De acordo com a economista, é importante que as empresas, independentemente do setor, saibam administrar corretamente o capital de giro – diferença entre o que têm que receber e a pagar no curto prazo – e entender como funciona o ciclo de conversão de caixa do próprio negócio, ou seja, quanto tempo leva para o recurso investido retornar em forma de lucro. "Quanto maior o período do ciclo de conversão de caixa, mais capital de giro a organização vai precisar", explicou. A economista ratificou, ainda, a informação do vice-presidente do Sinduscon: "quem fez reservas e efetuou gastos com consciência e racionalidade terá mais chances de atravessar o momento com tranquilidade". (A.S.)