Programação das colônias de férias investe na convivência e no resgate de antigas brincadeira, sem aparatos tecnológicos
Programação das colônias de férias investe na convivência e no resgate de antigas brincadeira, sem aparatos tecnológicos | Foto: Ricardo Chicarelli



Férias é sinônimo de brincadeiras e diversão para as crianças, mas, muitas vezes, motivo de preocupação para os pais. Isso porque nem sempre a folga dos pequenos coincide com o período de descanso de toda a família. Pai e mãe saem para trabalhar e não têm com quem deixar os filhos. Ou se veem sem criatividade para mantê-los entretidos o tempo todo com atividades saudáveis e interessantes, que passem longe dos videogames, smartphones, computadores e tablets. E as colônias de férias têm se mostrado ótimas alternativas, tanto que, nos últimos anos, migraram de chácaras e espaços afastados da cidade para os condomínios verticais e horizontais de Londrina.

O educador físico e proprietário da Guli Guli Recreação e Lazer, Evandro Pires Cardias, diz que, até o fim de janeiro, a previsão é atender 11 condomínios da cidade. A migração das colônias é uma tendência, segundo ele. "Pela segurança e também comodidade, já que a criança não precisa sair de casa. Além disso, hoje, os condomínios são como resorts, possuem estrutura de lazer completa", afirma. A contratação do serviço ocorre por meio da administração dos próprios conjuntos residenciais ou de grupos de moradores. As atividades são planejadas de acordo com a faixa etária dos participantes – que varia de 3 a 12 anos.

A duração da colônia depende da necessidade do contratante. É possível fechar pacotes por dia e também semanais. Cardias conta que a proposta é resgatar brincadeiras antigas, como bola queimada e caça ao tesouro, por exemplo. Também há espaço para a prática de esportes variados, pintura, oficinas de culinária e com massinhas. "A ideia é não envolver nada de tecnologia, promover o convívio social, melhorar a coordenação motora. As crianças adoram", garante. Segundo o educador físico, a empresa atende desde grupos pequenos, de 15 a 20 crianças, até 130 participantes por dia. Para cada 10 crianças, a empresa disponibiliza um recreador, em média.

Pela primeira vez, o Royal Park recebeu uma colônia de férias este ano. A gerente administrativa do condomínio, Valéria Pinheiro Souza, diz que, em janeiro, duas empresas ofereceram o serviço no local e a intenção é planejar atividades também para o mês de julho, já que os moradores elogiaram bastante a iniciativa. "É excelente para os pais, porque as crianças ficam bem assistidas", avalia. O Sun Lake Residence também abriu espaço para o serviço este ano. O gerente do condomínio, Paulo Roberto Cesaro, conta que a iniciativa partiu dos moradores. A Wfit, empresa de consultoria esportiva, que já presta serviços ao Sun Lake, foi contratada para desenvolver as atividades com as crianças.

Segundo o educador físico e proprietário da empresa, Fabio Morais de Souza, a programação começou no dia 16 e vai até 27 de janeiro. As brincadeiras recreativas e educativas são realizadas de segunda a sexta, das 13h30 às 17 horas, e contam com a participação de cerca de 30 crianças. São, em média, cinco atividades por dia e uma pausa para o lanche. "É a primeira vez que promovemos uma colônia de férias. A oportunidade surgiu pela parceria que já temos com o condomínio e as crianças estão gostando bastante."

Para a dentista e moradora do Sun Lake, Joseane Demuner Massarutti, que fica o dia todo fora de casa, a colônia de férias dentro do condomínio é uma excelente opção para manter as crianças ocupadas e em ambiente seguro e saudável. "Antes eu mandava minha filha, de 6 anos, para a colônia de um condomínio vertical, onde mora uma amiga. Mas aqui temos um espaço ótimo, então, sugeri que o Fabio organizasse as atividades e perguntei aos pais quem tinha interesse", relata. A maioria aprovou a ideia e a intenção é repeti-la nas próximas férias.