Imagem ilustrativa da imagem Imóvel seguro durante a viagem de férias
| Foto: Shutterstock



O ano praticamente já terminou e chegaram as tão sonhadas férias. Quem conseguiu economizar na crise pode agora fazer as malas e seguir viagem com a família ou os amigos para curtir as festas de Natal e Ano Novo. Mas, principalmente para quem mora em casa, passar esse período fora pode resultar numa grande dor de cabeça. É porque as chances de ter o imóvel invadido e os bens furtados aumentam quando ele está vazio. Felizmente, existem algumas medidas de segurança que podem ser tomadas para diminuir os riscos de assalto.

A primeira delas é avisar os vizinhos mais próximos sobre a viagem e informá-los por quanto tempo ficará longe de casa. O alerta é da presidente da ONG Vizinho Solidário e da Associação dos Amigos do Jardim Shangri-lá A, Gabriela Fontoura. Segundo ela, um dos moradores da rua deve ser alertado para recolher as correspondências, varrer a calçada, acender e apagar as luzes da casa. "Também é importante deixar o número de telefone de um parente ou amigo com quem este vizinho possa entrar em contato caso surja alguma situação pontual ou uma emergência", afirma.

Ela ressalta que os moradores conhecem a rotina do bairro e, por isso, devem acionar a polícia sempre que avistarem algo incomum, como uma pessoa ou carro desconhecido circulando várias vezes pela região. "Temos que ficar sempre alertas, mas ter a consciência de que cada um tem seu papel. A comunidade não pode se expor a riscos, precisa acionar a polícia ao perceber a ação de criminosos", ressalta. Gabriela conta que a união dos vizinhos já permitiu que eles evitassem o assalto a residências na ausência dos proprietários.

Imagem ilustrativa da imagem Imóvel seguro durante a viagem de férias



O presidente do Conselho Municipal de Segurança em Londrina, Cláudio Espiga, lembra que é importante, antes de viajar, suspender temporariamente a entrega de jornais e revistas. "Jornais jogados na garagem mostram que a casa está vazia", avisa. Ele também recomenda investir num bom sistema de iluminação, caso o morador não possa contar com alguém para acender e apagar as luzes da residência. "Existem sensores que acendem as lâmpadas durante a noite e as apagam de dia", aponta. Outra dica é investir em equipamentos de segurança, como cerca elétrica e câmeras de vigilância.

O porta-voz do 5º Batalhão de Polícia Militar de Londrina, Primeiro Tenente Emerson Castro Pires, diz que o número de ocorrências de furtos e roubos a residências variam mês a mês. Porém, existem horários "de pico" para a ação dos criminosos. Os roubos, segundo Castro, geralmente ocorrem entre as 19h e 23h. Já os furtos são mais comuns entre as 7h e 13h. Por isso, ele reforça a importância de observar a movimentação da rua sempre antes de sair ou chegar em casa.

Segundo Castro, existem dois "padrões" de furto. Aquele que é praticado por indigentes ou mendigos, que entram no imóvel e levam o que conseguem carregar nas mãos e que seja fácil de repassar em troca de drogas, como joias, dinheiro, relógios. E aqueles cometidos por arrombadores especializados, que escolhem bairros menos movimentados e vão de carro para levar objetos de mais valor. "Muitas vezes, os ladrões enchem um caminhão inteiro e o vizinho pensa que é mudança, porque os moradores simplesmente não conversam. Falta diálogo entre as pessoas", lamenta.

Casas com muros altos na frente, em vez de grades, são mais vulneráveis a assaltos, segundo Castro. "No intuito de se protegerem, as pessoas erguem muros que impedem a visibilidade e isso contribui para a ação dos criminosos, que podem atuar de forma livre", explica. Segundo o porta-voz da PM, as prisões por furto ocorrem, na maioria das vezes, porque algum vizinho percebeu o crime e avisou a polícia. "É um tipo de crime difícil de prevenir, porque o criminoso não carrega o flagrante e mesmo se for abordado com objetos no carro, sem notificação da vítima não podemos fazer nada. Por isso é fundamental comunicar o assalto à polícia", alerta.

ALIADOS DA SEGURANÇA
Dezembro costuma ser o mês de mais faturamento das empresas que comercializam equipamentos de segurança patrimonial. A funcionária da Energitec Alarmes, Sonia Pereira de Brito, conta que a procura é grande principalmente porque as pessoas buscam proteger o imóvel antes de sair para viajar. Segundo ela, câmeras de vigilância com acesso remoto e cerca elétrica industrial – mais reforçada que a comum – estão entre as novidades do mercado. "Um cliente, que estava em viagem aos EUA, conseguiu evitar que a casa dele fosse assaltada, pois viu pelas câmeras com acesso remoto o ladrão entrando no imóvel e chamou a polícia", conta. O investimento varia de acordo com o equipamento escolhido.

O seguro residencial também é um importante aliado à proteção do patrimônio. O presidente do Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguros do Paraná (Sincor-PR), José Antonio de Castro, destaca que é um seguro barato e, além de oferecer cobertura contra incêndio, vendaval, danos elétricos, raios, roubos, furtos e arrombamentos, também possui serviços de assistência 24 horas. "Consertos elétricos, no encanamento, lavagem de caixa d’água, troca de lâmpada e de chuveiro estão entre os serviços oferecidos", cita.

Segundo ele, os planos de algumas seguradoras também incluem convênios com pet shops e descontos em estacionamentos de shoppings centers, por exemplo. Ele garante que vale a pena o investimento. "Nos preocupamos mais com o carro, mas o maior patrimônio da família é o imóvel", ressalta. Castro afirma que a procura por esse tipo de seguro tem aumentado. Ele lembra que hoje, com a crise econômica, ficou muito mais difícil repor – no caso de assalto - tudo aquilo que foi conquistado nos últimos anos, como móveis, eletrônicos e eletrodomésticos, e o seguro oferece essa garantia de que os bens serão ressarcidos.