O cenário econômico mais favorável, apesar da instabilidade política, tem deixado os londrinenses mais confiantes para voltar a investir em imóveis. Algumas construtoras já sentiram um aumento significativo na busca pelas opções disponíveis no mercado. "Neste mês, tivemos uma movimentação 50% maior que no mês passado no nosso showroom", aponta o diretor comercial da Vectra Construtora, Cleber M. Souza. Segundo ele, a queda da Selic e das taxas de financiamento, somadas ao tímido rendimento das aplicações, colocam os imóveis como o investimento da vez.

Na avaliação de Souza, o momento é do cliente. Quem passou os últimos meses pesquisando pode aproveitar o que ainda resta em estoque para fazer bons negócios. "Os lançamentos já virão com novos valores", avisa. A Vectra possui opções variadas para quem pretende investir para morar, alugar ou vender. Tem desde apartamentos de 60 metros quadrados de área útil, com dois dormitórios com suíte, até de 240 metros quadrados com três suítes, além de algumas salas comerciais. Neste semestre, a construtora planeja lançar três novos empreendimentos, sendo dois verticais e um loteamento.

A Plaenge também se prepara para lançar um empreendimento de alto padrão em Londrina. "O momento é bom para trabalhar com produtos que estão relativamente em falta no mercado", avalia o gerente regional da construtora, Olavo Batista Junior. Segundo ele, a redução nas taxas de juros confirma as projeções feitas no início do ano e oferece mais segurança tanto para a empresa como para os clientes para planejar o futuro. "Aquele cliente que estava dentro das carteiras sente-se mais seguro no momento da conclusão da obra para adquirir o financiamento", lembra. E a tranquilidade acaba refletindo também nos futuros compradores, que ainda não tomaram a decisão de investir.

Batista lembra que, quando as taxas caem, aumenta o leque de pessoas que podem adquirir imóveis, já que os preços permanecem no mesmo patamar. Isso favorece o giro do estoque residual que existe em Londrina. "Mas não é muito", alerta. Batista destaca que ainda há certa insegurança por parte do comprador, mas isso só favorece as empresas sérias e consolidadas no mercado. "Quando há incerteza, as pessoas buscam segurança e, muitas vezes, abrem mão de preços de varejo e optam por investimentos mais consistentes", justifica.

O diretor de incorporação do Grupo A.Yoshii, Silvio Muraguchi, confirma que os clientes já perceberam os benefícios da queda dos juros que, entre outras coisas, proporciona a redução das prestações e do valor da renda mínima exigida pelos bancos para financiamentos. Além disso, ele acrescenta que a entrada de recursos do FGTS também contribui para aquecer o mercado. "Prevemos um segundo semestre mais otimista", afirma. Segundo ele, a A.Yoshii já observa um aumento significativo na procura por bons projetos, localização e preços compatíveis. Muraguchi reforça que o estoque de imóveis na cidade está cada vez mais reduzido devido à falta de lançamentos, mas ainda existem boas oportunidades de negócios.

Em 2017, a A.Yoshii já lançou dois empreendimentos, um em Maringá e outro em Curitiba. "Estamos nos preparando para o terceiro, em Londrina", adianta. O diretor de incorporação da empresa afirma que outros projetos estão em estudo e já foram aprovados. "Estamos aguardando a oportunidade para viabilizarmos ainda neste segundo semestre", conta. Segundo Muraguchi, a empresa tem se preparado para a retomada do crescimento investindo no relacionamento com o cliente e buscando entender o que ele busca e como é possível atendê-lo. "Verificamos oportunidades analisando o desejo das pessoas e trabalhamos para viabilizar empreendimentos imobiliários. Mas, o bom desempenho estará associado à criatividade, boa gestão e inovação." (A.S.)