Encontro realizado na zona oeste de Londrina reuniu aficionados pelo veículo e familiares
Encontro realizado na zona oeste de Londrina reuniu aficionados pelo veículo e familiares | Foto: Fotos: Saulo Ohara



Ele já foi astro de cinema, tema de música e com certeza fez parte da vida de muitas pessoas. Por isso ganhou um dia todinho seu. Para comemorar o Dia Nacional do Fusca (DNF), celebrado em 20 de janeiro, amantes do famoso besouro se reuniram durante todo o domingo (15) no estacionamento da PUCPR, na zona oeste de Londrina. Esta é a segunda edição do evento, realizado pelo Sexto Elemento, e atraiu donos de fusca de Londrina e região.

"Além de Londrina também temos representantes de Campo Mourão, Maringá, Arapongas, Umuarama, Rolândia, Ibiporã, Assaí, Jataizinho, Bela Vista do Paraíso, Cambé e até Curitiba. Não somente os fuscas, mas também participam Kombis, Brasílias e outros carros com motor a ar, os derivados, como chamamos. Tem carro que só usa a carroceria de outro, mas por baixo todas as peças são de fusca, como um Karmann Ghia que está aqui", explicou Tathiane Estevam Fávaro, organizadora.

Entre os exemplares expostos era possível observar desde carros originais até outros que chamavam a atenção pelo aparente estado de deterioração na lataria. Chamados de RatLook, os carros que seguem esse estilo podem até ter manchas de ferrugem, mas sua mecânica deve estar impecável. Proprietário de uma Brasília 1980, o empresário Ronie Dutra de Souza conta que o que o atraiu para o RatLook foi justamente o fato de não ter que se preocupar com o exterior do veículo.

"Um amigo já tinha um carro antigo e comecei a achar interessante. Há um ano e meio comprei esse carro por R$ 300, com documentação em dia. Ele tem motor 1600 a ar, com comando e carburação, é muito potente. E o melhor é que não preciso ficar me preocupando se alguém encostar, se a pintura vai ser riscada ou coisas assim", justificou.

Totalmente na via contrária do estilo está o Fusca 1968, com motor 1300 e totalmente original, inclusive com a placa preta, só concedida para os carros com pelo menos 80% de originalidade e 30 anos de uso. Seu proprietário, o representante comercial Carlos Fernando Amâncio, só tira o carro da garagem aos finais de semana, para breves passeios.

"Sempre quis ter um carro desses e comprei esse fusca há quatro anos. Refiz a tapeçaria, para-choque, coloquei frisos novos e restaurei a lataria. Todo esse trabalho custa caro. Não é um carro para rodar todos os dias, imagina se alguém bate nele", disse, sem revelar o quanto gastou.

Para quem imagina que apenas os marmanjos participam dos encontros de carros, muitas famílias aproveitaram o domingo para mostrar que a ideia é equivocada. O comerciante Edmar Silva dos Santos saiu logo cedo de Sarandi (Região Metropolitana de Maringá) com a namorada, o filho e o irmão e percorreram os 93 km entre as duas cidades em um Fusca 1974. "Gosto muito de participar e sempre vamos aos encontros. É muito legal pelas amizades, a gente reencontra os amigos, conhece novas pessoas. Já fui até para Rosana, em São Paulo, e Cascavel.

"Gosto muito de participar e sempre vamos aos encontros. É muito legal pelas amizades, a gente reencontra os amigos, conhece novas pessoas", diz Edmar Santos
"Gosto muito de participar e sempre vamos aos encontros. É muito legal pelas amizades, a gente reencontra os amigos, conhece novas pessoas", diz Edmar Santos



SOLIDARIEDADE
Segundo Tathiane, nesta segunda edição o mote do evento foi também praticar a solidariedade, por isso cada participante deveria doar dois quilos de alimento ou R$ 5. Tanto os mantimentos como o valor arrecadado são destinados ao Rotary Club de Londrina.