Curitiba - Ao saber do resultado do julgamento, o secretário estadual de Segurança Pública, Cid Vasques, disse que vai avaliar o mérito da questão e olhar com calma o que pode ser feito em relação à decisão. Afirmou ainda que "já previa o resultado da votação". "Essa decisão não me surpreende. Agora vamos analisar para ver o que será feito", declarou.
Vasques ainda ressaltou que a Sesp trabalha com planejamento e que "uma política de segurança está em andamento". "O MP tem uma visão muito própria de atuação, e eu me preocupo com a questão macro da segurança. É importante o trabalho em relação ao crime organizado, mas o governo do Estado, neste ato de cooperação com o MPPR, para garantir o funcionamento do Gaeco, atende na medida de suas possibilidades", completou.
O governador Beto Richa (PSDB) criticou a decisão do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). "Acho uma medida completamente descabida, uma decisão política sem sentido algum. O coordenador do Gaeco alega que o rodízio de alguns policiais prejudicaria as operações do órgão e agora eu pergunto: e tirar um secretário não atrapalha a segurança do Paraná?", questionou.

Seju
Diferentemente de Cid Vasques, a secretária estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Maria Tereza Uille Gomes, que também é procuradora de Justiça, teve a renovação de licença aprovada por unanimidade pelo CSMP.

Gaeco
O coordenador estadual do Gaeco, Leonir Batisti, não quis comentar a decisão do Conselho do MPPR. Apenas informou que, desde que o rodízio foi implantado, no mês de setembro, 20 policiais, entre militares e civis, foram remanejados dos sete núcleos do Gaeco (Curitiba, Londrina, Maringá, Foz do Iguaçu, Cascavel, Guarapuava e Guaíra).(R.C.J.)