De acordo com a PRF, mais de 5,6 mil pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais do Estado desde 2010
De acordo com a PRF, mais de 5,6 mil pessoas morreram em acidentes nas rodovias federais do Estado desde 2010 | Foto: Divulgação/PRF



A quantidade de acidentes nas rodovias estaduais e federais do Paraná caiu 2% no ano passado em comparação com o ano anterior. Em 2017, 19.286 ocorrências foram registradas, sendo 8.643 nas rodovias estaduais e 10.643 nas estradas federais. A estatística equivale a um acidente a cada duas horas. Já o número de mortes diminuiu 8,5%, de 1.304 (em 2016) para 1.192 (em 2017), o que significou um óbito a cada sete horas durante o ano passado.

Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (17) pelas polícias rodoviárias Federal e Estadual. Conforme o chefe do Núcleo de Comunicação da PRF no Paraná, Fernando Oliveira, considerando apenas as estradas federais, houve redução de 6% na quantidade de óbitos. No ano passado, 613 pessoas morreram nas BRs. Porém, segundo ele, a queda não é motivo de comemoração para a equipe. "São tragédias, são famílias envolvidas. Todos estamos sujeitos a acidentes. A PRF tem tentado ampliar a fiscalização. Quanto maior a percepção dos motoristas nesses casos, a tendência é que eles obedeçam as regras e sinalizações das estradas", ressalta Oliveira.

Para chamar a atenção dos condutores, a PRF comparou o número de mortes nas estradas em 2017 com a quantidade de passageiros em aviões comerciais lotados. Dessa forma, o total de perdas em ocorrências registradas apenas nas estradas federais do Paraná ultrapassaria quatro aviões lotados com capacidade para 132 passageiros (no caso de um Airbus A319) ou quatro aviões lotados com capacidade para 138 passageiros (considerando um Boeing 737-700).

A estatística considera apenas óbitos no local dos acidentes e não computa posteriormente as mortes registradas durante atendimento hospitalar. Desde 2010, mais de 5,6 mil pessoas morreram nas rodovias federais do Estado. Oliveira destaca ainda que muitas dessas perdas poderiam ter sido evitadas, já que a falta de atenção, o excesso de velocidade, a embriaguez ao volante e a ultrapassagem em local proibido estão entre as causas mais comuns verificadas pelas equipes.

Três a cada quatro mortes ocorreram em pista seca e em trechos em linha reta. Pouco mais de 18% das vítimas fatais eram motociclistas e garupas. Colisões frontais e atropelamentos corresponderam a quase metade dos acidentes. "No perímetro urbano das rodovias, o risco de atropelamento aumenta em até 30%, principalmente aos finais de semana e durante a noite", alertou.

Nas rodovias estaduais, 8.643 acidentes foram registrados no ano passado contra 8.670 em 2016. O número de vítimas fatais caiu de 652 em 2016 para 579 em 2017. Em média, 200 atropelamentos foram registrados em cada ano. A reportagem tentou repercutir os dados com a PRE (Polícia Rodoviária Estadual), mas na quarta-feira não há expediente dos oficiais da corporação.