Imagem ilustrativa da imagem Rebelião na penitenciária de Cascavel registra pelo menos uma morte
| Foto: Portal CGN



Pelo menos uma pessoa foi morta na rebelião de presos da PEC (Penitenciária Estadual de Cascavel), no oeste do Paraná, que teve início na tarde desta quinta-feira (9). A informação foi confirmada à FOLHA pelo diretor-geral do Depen (Departamento de Execução Penal), Luiz Alberto Cartaxo Moura. Pelo menos até às 20h30, o corpo ainda não havia sido recolhido e transportado ao IML (Instituto Médico Legal) de Cascavel.

Segundo a presidente do Sindarspen (Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná), Petruska Niclevisk Sviercoski, pelo menos três pessoas foram feitas reféns. "Os detentos renderam um agente penitenciário e dois agentes de cadeia. Um deles foi liberado com ferimentos na cabeça", informou Sviercoski. Essa liberação aconteceu por volta das 18h, quando o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) transportou a vítima para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Veneza, em Cascavel.

A Sesp (Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária) informa que a PEC possui capacidade para receber 1.160 presos, mas atualmente possui 980 detentos. Os motivos da rebelião ainda não foram divulgados. Durante o período da tarde, os rebelados exibiram lençóis com as iniciais do PCC (Primeiro Comando da Capital). O Sindarspen informou que a rebelião teve início no solário da penitenciária. Segundo o sindicato, detentos que estavam ali escalaram a parede e conseguiram chegar ao telhado da unidade.

Não houve registro de fugas. Policiais do Choque e da Polícia Militar estão no local e reforçam a segurança do entorno do presídio. Profissionais de imprensa foram impedidos de se aproximar do prédio por motivos de segurança.

HISTÓRICO DE VIOLÊNCIA

Esta não é a primeira rebelião da unidade. Em agosto de 2014, uma rebelião na PEC terminou com cinco mortos e 25 feridos. O fim da rebelião aconteceu com a condição de que mais de 80% dos detentos do local fossem transferidos. Na época, 20 das 24 galerias ficaram completamente destruídas. Ao fim daquela rebelião, vários presos que lideraram o movimento foram separados e alguns foram transferidos para outras unidades com o objetivo de desmobilizar o grupo. A pauta de reivindicações dos presos pedia melhoria na qualidade da comida e na infraestrutura e pedia o fim de abusos nas inspeções das visitas. Há três anos, a unidade tinha capacidade para abrigar 1.116 presos e estava com 1.040.