São Paulo – Quatro pessoas foram presas nesta quarta-feira (8) por suspeitas de fraude em concursos públicos e no Enem de 2016. Segundo a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro do Norte (CE), não foram identificados indícios de fraudes no Enem deste ano. Dois foram presos em Juazeiro do Norte e dois em Fortaleza. Segundo a PF, eles eram os mandantes da organização criminosa.

Na operação Adinamia, a PF também apreendeu celulares, computadores e documentos. O material será analisado em busca de novos indícios dos crimes de formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e fraude em concursos públicos.

Em nota, a PF disse que o curso de medicina é o principal alvo das fraudes e também o mais caro. Os interessados pagavam "em torno de R$ 90 mil por vaga, sendo metade do valor antes do certame e metade depois de garantida a vaga.

Além das prisões, foram cumpridos 21 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva, nos Estados do Ceará, Paraíba e Piauí. As fraudes consistiam na violação antecipada de lacres para acesso às provas do Enem e concursos, além da utilização de ponto eletrônico para a transmissão dos gabaritos.

O Inep, responsável pela aplicação do Enem, informou que trabalha em conjunto com a PF para evitar fraudes e que o exame deste ano seguirá com o calendário normalmente. A primeira prova do Enem foi aplicada no último domingo (5) e a segunda está marcada para o próximo domingo (12).
Neste ano, foram adotadas medidas de segurança adicionais para a realização do Enem, como o uso de detectores de ponto eletrônico e sensores para identificar o momento exato da abertura dos malotes com as provas.