Técnicos afirmam que relatórios preliminares são "satisfatórios" e que não foi constatado nenhum problema com as obras
Técnicos afirmam que relatórios preliminares são "satisfatórios" e que não foi constatado nenhum problema com as obras | Foto: Ricardo Chicarelli



O secretário estadual de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho, realizou vistoria geral do trecho da PR-445, principalmente das obras de transposição da rodovia, que foram motivo de embate do Ministério Público e DER (Departamento de Estradas de Rodagem) em função dos problemas que os viadutos apresentaram. Richa Filho acompanhou o trabalho do professor de engenharia da Universidade Estadual de Londrina Carlos José Costa Branco e toda equipe de estudantes de graduação e pós-graduação, que têm realizado desde o dia 11 deste mês as medições com inclinômetro em 24 pontos de inspeção ao longo dos dois viadutos, um na interseção com a avenida Dez de Dezembro e outro com a avenida Waldemar Spranger. "É um trabalho de parceria muito bacana nesta fase da obra que é para dar tranquilidade à população. O governador exigiu de todos nós, técnicos, que acompanhássemos a obra para dar tranquilidade à população na questão da segurança, para entregar à população uma obra esperada pela população há 40 anos. Uma obra de R4 147 milhões se tornou realidade hoje. Estamos nos preocupando agora com os detalhes finais e já estamos estudando projetos para o futuro", destaca.
Pepe Richa destacou que a obra, antes mesmo de ser completamente liberada, conseguiu a redução de 74% dos acidentes. Segundo ele, a obra serviu de aprendizado. "De uns anos para cá mudou muito o perfil das obras que temos realizado. Se antes era muito rodoviário, agora é muito urbano, pois as cidades cresceram muito. Levantamos números e constatamos que a maioria dos acidentes acontecem quando a rodovia passa pela cidade. A pessoa acha que está cruzando uma via da cidade e vem um caminhão a 100 km por hora", afirma.
O Coordenador da Região Metropolitana de Londrina, Marco Antônio Santi, ressaltou que desde que o tráfego sobre os viadutos foi liberado, não houve acidente algum.
Carlos José Costa Branco explicou que foi feita a medição de referência no dia 11 (quinta-feira) e o trânsito foi aberto dia 20 (sábado) e depois de dois dias de trânsito foi realizada a primeira avaliação. "Os relatórios preliminares foram amplamente satisfatórios. Três dias depois, voltamos para fazer novas leituras, mas está transcorrendo sem problema algum. A inclinação foi de fração de milímetro, menos de um décimo de milímetro, então foi bem pouco", expõe.
Ele explica que o inclinômetro faz a medição da inclinação por intermédio da captação das variações da inclinação e transforma o deslocamento em horizontal para saber como o maciço está se comportando de fato e compara com as medições do dia 11. Essas variações são classificadas em faixa verde (aceitável), amarela (exige atenção) e vermelha (necessidade de intervenção na obra). "Se por acaso chegar no sinal vermelho, não quer dizer que a obra vá cair, mas é um sinal de necessidade de intervenção. Nesse caso, teríamos que parar o tráfego e começar tudo de novo. Tudo indica que não vamos chegar nem no amarelo, mas temos dois anos pela frente e é muito cedo para dizer o que vai acontecer", aponta.