PM não fez levantamento do número de participantes, mas a expectativa da organização era de reunir pelo menos 2 milhões
PM não fez levantamento do número de participantes, mas a expectativa da organização era de reunir pelo menos 2 milhões | Foto: Miguel Schincariol/AFP


São Paulo - São Paulo teve uma tarde de outono de carnaval na avenida Paulista, promovida pela Parada do Orgulho LGBT. A festa de fevereiro deste ano foi relembrada com garrafa de catuaba na mão, purpurina no rosto, fantasia de unicórnio e maiôs em praticamente todos os 19 trios elétricos que atravessaram a via até uma rua da Consolação lotada.
A única grande diferença da folia momesca esteve no destaque dado às bandeiras de arco-íris, símbolo do Orgulho LGBT. A diversidade manteve-se no público e também na trilha sonora. Além do axé de Daniela Mercury, que cantou ao vivo, ouviu-se sertanejo, samba, funk e muita música eletrônica. A Polícia Militar não fez um levantamento do número de participantes, mas a expectativa da organização era de reunir pelo menos 2 milhões.
Vinda do Ipiranga, no extremo sudeste paulistano, a estudante Letícia Dantas, 22, aproveitou a festa com os amigos no mesmo espírito do carnaval. "Tem a parte política, lutar contra o preconceito, criminalizar a homofobia, que é uma coisa que eu defendo. Mas lógico que tem a festa também, que é muito legal", disse.
De outro lado, havia também muitos curiosos que foram só acompanhar o evento. "(A Parada) é uma festa, mas também é para levar a mensagem da tolerância, do respeito. Por isso que a gente trouxe ele", disse a professora Marta de Souza,39, se referindo ao filho de 5 anos - que estava vestido com uma camiseta do filme Mulher Maravilha e brincava com uma menina do mesmo tamanho, com a fantasia de princesa.