São Paulo - A noite de sábado foi alvo de novos ataques em São Luís, no Maranhão, depois do incêndio a quatro ônibus na noite anterior. Na última ação, criminosos deram tiros contra o 9º Distrito Policial, no bairro Liberdade. A delegacia estava vazia e ninguém se feriu.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) apresentou na manhã de ontem 11 detidos apontados como suspeitos de envolvimento nas ações criminosas. Dois deles são adolescentes.
Na tarde de sábado, a secretaria chegou a informar que se tratavam de quatro menores de idade, mas depois identificou que dois deles eram adultos.
Entre os adultos, Hilton John de Araújo, 27, conhecido como Praguinha, é apontado pela secretaria como o coordenador das ações. A pasta não informou o local exato para onde foram levados os suspeitos.
Anteontem também foi apresentado o suposto mandante dos ataques, que está preso no complexo prisional de Pedrinhas e teria dado a ordem de dentro da unidade. Segundo a SSP, trata-se de Jorge Henrique Amorim Martins, 21, conhecido como Dragão. Ele foi preso em flagrante por roubo qualificado, em dezembro de 2012.
A suspeita é que os ataques de sexta e sábado ocorreram como uma reação dos criminosos às operações de apreensão de armas e drogas nos presídios. Desde 2013, 62 presos morreram dentro de Pedrinhas a truculência das mortes, com decapitações, é alvo de críticas até de organismos internacionais, que cobram solução da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Internados
Cinco pessoas seguem internadas na tarde de ontem depois de terem o corpo queimado nos ataques a ônibus da sexta.
Segundo a secretaria, uma menina de seis anos que está com 90% do corpo queimado e a irmã, de um ano e cinco meses, estão internadas no Hospital Estadual Juvêncio Matos. Os outros três adultos, entre eles a mãe das meninas, permanecem no Hospital Tarquinio Lopes Filho.