Genebra, Suíça - A política do Brasil para grandes obras de infraestrutura foi um dos principais temas da sabatina a que o país foi submetido ontem pelo Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), em Genebra.
O País foi questionado pelas remoções forçadas de populações de terrenos que darão lugar a obras da Copa de 2014 e da Olimpíada de 2016. Para grandes obras de forma geral, houve cobrança por diálogo com populações locais afetadas.
Foi a segunda participação do país na Revisão Periódica Universal da ONU, que avalia questões de direitos humanos a cada quatro anos. Após a sabatina, é feito um relatório com recomendações ao País, que deve responder a elas. Nenhum caso concreto foi citado, porém.
No ano passado, o Brasil foi repreendido pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos pela construção da usina de Belo Monte, no Pará, em razão do impacto em comunidades indígenas.
Em uma de suas manifestações, a ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, chefe da delegação do país, afirmou que o Brasil terá ''respeito aos direitos humanos nos grandes eventos'' e que está orgulhoso por recebê-los e por contar com a confiança internacional.
O Brasil ouviu comentários de 78 países. Entre os mais assertivos estiveram Canadá, Holanda e Reino Unido.