Exames laboratoriais concluídos pelo Hospital de Clínicas da Universidade de São Paulo (USP) na noite de quinta-feira (25) descartaram que o menino de 12 anos que morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Coração de Londrina (HCL), na segunda (22), tivesse contraído a síndrome de Baggio-Yoshinari. A equipe médica suspeitava que a doença transmitida pelo carrapato estrela pudesse ter desencadeado uma meningite, diagnosticada como a causa da morte do garoto.

O menino deu entrada no HCL no dia 9 de maio, após passar mal na escola com crises convulsivas. A suspeita se deu porque ele tinha contato com um cachorro que estava em tratamento por outra doença transmitida por carrapatos. Além disso, um caso da síndrome havia sido confirmado em uma moradora de Cambé (Região Metropolitana de Londrina). Agora, as autoridades em Saúde aguardam os resultados dos exames de outro caso suspeito, o de uma veterinária de 37 anos.

Segundo a assessoria de imprensa do HCL, ao contrário do resultado dos exames do garoto, pedido em regime de urgência, não há um prazo definido para a conclusão dos laudos do último caso suspeito na região. Segundo a Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), nove casos da síndrome, também conhecida como Doença de Lyme brasileira, foram registrados no Estado em 2016. Especialistas recomendam cuidados com atividades ao ar livre ou trabalho no campo. Além da verificação da presença de carrapatos nos animais de estimação, a orientação é para que os ambientes sejam mantidos limpos.