Jataizinho - O processo de produção das cerâmicas foi se modernizando e hoje em nada lembra as antigas olarias das primeiras décadas do século passado. O sistema de queima é automatizado, inclusive de abastecimento dos fornos. A lenha também ficou de lado e deu espaço para o cavaco ou o cepilho (aparas de madeira). O trabalho de carregar e descarregar as telhas e tijolos é feito com auxílio de guinchos.
"A pessoa só precisa administrar o abastecimento de cavaco e verificar a temperatura. Os fornos também são móveis. Eu monto em determinado local e ele anda até as pilhas de tijolos", explicou Maurício Correia Godinho, gerente da Cerâmica Planalto, uma das mais tradicionais de Jataizinho. Está há quase 50 anos em operação e há oito anos iniciou o processo de modernização para garantir a sobrevivência do negócio.
A automação representou um aumento da produtividade para a Planalto. A linha de produção conta com três fornos móveis que produzem em torno de 50 a 60 mil peças por dia. "Também ganhamos em qualidade e uniformidade", afirmou.
Godinho contou que a cerâmica passou por crises, mas conseguiu superar porque soube se adequar às necessidades do mercado. (A.M.P.)