A administradora de empresas Luciana Siqueira, acusada de provocar um acidente na madrugada de 15 de agosto de 2018 que tirou a vida do porteiro Júlio César Fontana na BR-369, em frente ao Parque de Exposições Governador Ney Braga, será interrogada nesta segunda-feira (11), a partir de 13h, na 1ª Vara Criminal de Londrina. A oitiva primeiramente havia sido marcada para dezembro, postergada para janeiro e reagendada para março.

Imagem ilustrativa da imagem Justiça deve ouvir motorista que matou porteiro em acidente na BR-369
| Foto: Ricardo Chicarelli/Grupo Folha


Na última audiência, um policial rodoviário federal que atendeu a ocorrência prestou depoimento no Fórum. Ele tratou de detalhar como foi o comportamento da motorista. "ela estava muito exaltada, arrogante, muito preocupada com o cabelo. E a gente ficou chocado. Uma vítima em óbito e ela preocupada com outras situações, até por causa do álcool". A condutora passou por teste do etilômetro, que apontou 0,64 miligramas de álcool por litro, acima do permitido pela legislação de trânsito.

Nesta segunda, outro agente da PRF será ouvido. Ele não pôde dar explicações no ano passado porque estava de férias. "Acredito que até o mês de abril a juíza deve decidir se leva ou não a Luciana para júri popular", observou o advogado Mário Barbosa, que defende a família da vítima. A reportagem não obteve contato com a defesa da acusada.

Ela foi denunciada por homicídio doloso, quando há intenção de matar, ficou alguns dias internada no Hospital do Coração e, durante esse período, pagou fiança de pouco mais de R$ 3 mil para não ficar presa. Em contrapartida, precisa ficar em casa entre 21h e 6h e não pode dirigir por um ano.

Segundo as investigações, Luciana, além de conduzir o Toyota Etios alcoolizada, avançou o sinal vermelho. O motociclista foi arremessado alguns metros e morreu no local.