Londrina – O Jardim da Saudade ganhou um capítulo especial na pesquisa por se tratar do maior cemitério municipal de Londrina e por refletir a ascensão social da zona norte da cidade. Para Bruno Sanches, um dos coordenadores do trabalho, é um importante patrimônio cultural da região por possuir "uma linguagem própria".
"O estudo partiu de uma comparação com o Cemitério São Pedro, que é o mais antigo e mais tradicional de Londrina. O Jardim da Saudade tem uma linguagem cemiterial sem as grandes esculturas e monumentos, mas onde encontramos inscrições no cimento fresco e até mesmo de sprays nas lápides", ressalta Sanches.
O pesquisador lembra que o Jardim da Saudade é o único cemitério da cidade que aceita sepultamentos sem custos para as famílias que não têm condições de bancar as despesas e recebe velórios de moradores de várias regiões de Londrina.
"O Jardim da Saudade, apesar de não ter monumentos suntuosos, está permanentemente em obras. As modificações e melhorias diárias refletem a ascensão econômica da classe média que reside nas cercanias da Saul Elkind", aponta. Construído em 1984, o Jardim da Saudade conta hoje com 32 mil sepultamentos. (L.F.C.)