Curitiba - Os principais laboratórios particulares de Curitiba não têm mais doses da vacina trivalente que protege contra três tipos de vírus causadores de gripe, entre eles o H1N1. O estoque de grande parte dos estabelecimentos terminou e a expectativa é de que somente na próxima semana eles tenham uma ideia de quando novas doses serão repassadas pelos fabricantes. A Equipe da Folha entrou em contato com oito laboratórios (Frischmann Aisengart, Imunoclin Vacinas, Central de Vacinas do Hospital Pequeno Príncipe, Argoclin, Prevenir Centro Especializado em Vacinas, Proteção Vacinas, Cevacine Centro de Vacinação e Inalar Clínica).
A procura cresceu vertiginosamente após a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) confirmar 13 mortes e 180 casos da gripe A no Paraná. O número é superior ao registrado em 2011, quando apenas duas pessoas foram diagnosticadas com a doença e não houve óbito. As mortes deste ano foram registradas a partir de março nos municípios de São José dos Pinhais (3), Curitiba (2), Ponta Grossa (1), São Mateus do Sul (1), Astorga (1), Apucarana (1), Cornélio Procópio (1), Tibagi (1), Capitão Leônidas Marques (1) e Siqueira Campos (1). O novo boletim será divulgado na próxima segunda-feira.
Segundo o Hospital Pequeno Príncipe, por exemplo, um lote de mil unidades foi disponiblizado no final da quarta-feira e até às 18 horas de quinta restavam menos de 300 vacinas que, segundo a assessoria, terminaram ontem pela manhã.
A assessoria do Frischmann também informou que há aproximadamente 10 dias, o movimento era de 150 pessoas vacinadas. Com as primeiras notícias de morte em decorrência da gripe suína passou para 1,3 mil o número de pessoas vacinadas diariamente. No ano inteiro de 2011 o laboratório aplicou 12,5 mil doses de vacina, enquanto que em 2012, até agora, já foram 23 mil.
Quem ainda pode ter doses da vacina trivalente é a saúde pública, mesmo assim, seriam lotes residuais da Campanha Nacional de Imunização, encerrada na semana passada. A Sesa também já anunciou que pediu um novo lote de vacinas para o Ministério da Saúde, mas até ontem não recebeu nenhuma resposta do órgão federal. Apesar disso, a Sesa já avisou que se receber mais vacinas, vai utilizá-las para os grupos de risco.