Em Londrina, segundo dados da secretária de Assistência Social, Nádia Moura, 43 mil famílias estão inscritas atualmente no cadastro único da assistência, número que corresponde a cerca de 123 mil pessoas. Destas, 19 mil vivem em situação de extrema pobreza, com renda inferior a R$ 70,00.
Segundo Nádia, o número de dependentes do Bolsa Família diminuiu 18,57% no último ano, passando de 16.940 para 13.793. "Temos trabalhado fortemente na porta de saída. O atendimento emergencial é muito importante, mas o segredo é dar condições da pessoa evoluir, garantir seu sustento", ressalta.
De acordo com Nádia, em épocas de crise, o trabalho da Assistência Social se torna mais desafiador. "Ao mesmo tempo que os recursos diminuem, o nosso trabalho ganha maiores proporções. Temos um papel fundamental de oferecer oportunidades para aqueles que necessitam", argumenta.
A secretária admite que fatores como a falta de emprego e a baixa escolarização influenciam no crescimento de áreas de ocupações irregulares, como o Assentamento Nossa Senhora da Aparecida, mas pondera que outros fatores devem ser levados em conta.
O governo estadual também divulgou, recentemente, que o número de famílias dependentes do Bolsa Família caiu de 466,6 mil, em 2010, para 370,8 mil, em 2016, uma redução de 20,5%. Os dados são do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social (Ipardes), com base nos dados do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário.
Para o diretor-presidente do Ipardes, Júlio Suzuki Junior, a explicação está na redução da pobreza no Estado. "Programas de combate à pobreza, como o Família Paranaense, e de incentivos para instalação de empresas e geração de empregos, como o Paraná Competitivo, têm contribuído para melhorar a renda da população e tirar famílias da linha da pobreza."(C.F.)