Londrina - A Região Metropolitana de Londrina registrou três atropelamentos fatais seguidos de fuga em um intervalo de duas semanas. Os casos ocorreram entre 7 e 20 de julho. Nas três situações, os condutores só se apresentaram às autoridades alguns dias depois do acidente.
O caso mais recente foi o atropelamento de Jair Montoan, na BR-369, em Cambé, no dia 20. O motorista que causou o acidente é Lauro Masahiro Nagayama, de 54 anos. Ele se apresentou há uma semana, mas o nome dele só foi divulgado ontem pelo delegado Jorge Barbosa.
No depoimento, de acordo com Barbosa, o condutor alegou que sentiu um impacto em seu Prisma, quando seguia em sentido a Londrina, mas não quis parar no viaduto com medo que tivesse sido atingido por um objeto jogado contra o carro. O laudo da perícia apontou que o veículo estava a 91 km/h, 21 km/h acima da velocidade máxima permitida.
"Nós estamos aguardando o laudo da necrópsia para remeter o inquérito ao Ministério Público. O prazo para fazermos isso é até o dia 20 de agosto", explicou Barbosa.
No dia 14, o motorista de um Voyage bateu na traseira da moto onde estava a passageira Samantha Alves Alievi, de 25 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu. O acidente também foi na BR-369, em Cambé. O namorado dela, Fernando de Souza Faria, sofreu ferimentos leves e foi liberado um dia depois do acidente. Alex dos Santos, condutor do carro que atingiu Samantha, se apresentou à polícia quatro dias depois.
No dia 7, os irmãos Valdemir Lima, de 29 anos, e João Paulo Pinheiro, de 13, estavam em uma carroça na BR-369, no sentido Ibiporã-Londrina, quando morreram depois de terem sido atingidos por uma Hyundai Vera Cruz. O carro foi deixado no local e o empresário Valdecir Belançon se apresentou dois dias depois na Delegacia de Trânsito de Londrina como o motorista do veículo que atingiu a carroça.
Nesses dois casos a Polícia ainda aguarda os resultados das perícias do Instituto de Criminalística do Paraná, que serão cruzados com o laudo do Instituto Médico-legal para concluir o inquérito.
Se condenados, os motoristas responderão por homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e omissão de socorro. A pena total pode variar entre 2 e 6 anos.(V.O.)