Curitiba - O Paraná se aproxima da "normalidade" no que se refere à contenção das mortes e complicações por gripe, principalmente a do tipo A, causada pelo vírus H1N1. A conclusão é da Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) diante dos números do acompanhamento semanal, divulgados nesta quarta-feira (24). O levantamento mostra que o número de mortes por conta da influenza em todo o Estado, até o dia 19, passou de 228 para 229. A morte ocorreu em Curitiba e ainda ocupa a classificação de influenza não subtipada.
"Nesses casos enviamos o material à Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) que entre 30 e 60 dias verifica se é possível confirmar o tipo de vírus", explicou o chefe da Divisão de Vigilância de Doenças Transmissíveis da Sesa, Renato Lopes. O paciente que morreu na capital tinha 66 anos, apresentava comorbidades como problemas cardíacos e renais e não tinha se vacinado. "Ele pertencia a dois grupos de risco que o habilitavam a ser imunizado e, infelizmente, não aproveitou nenhuma das chances de se proteger", constatou.
Nessa atualização, mais oito pessoas tiveram a confirmação de que foram contaminadas por algum vírus influenza, totalizando 1.127 casos, dos quais 1.038 são por H1N1. "Quatro dos oito novos casos foram por conta do H1N1, que predominou neste ano. A ideia é que esses números continuem reduzindo para retomarmos ao patamar de normalidade como em 2015, quando durante todo o ano morreram quatro pessoas de H1N1 dentro de um universos de 39 casos confirmados", comparou.
Lopes chama atenção para a necessidade de manter o estado de alerta. "Além de se prevenir contra uma série de complicações causadas pela influenza A, todos esses procedimentos de higiene e busca rápida dos profissionais de saúde ajudam a diminuir a transmissão de outras doenças que voltaram e ficam graves quando não tratadas, como a meningite e a caxumba. Acredito que o H1N1 deixou o aprendizado para a população e a sociedade de que, tendo sintomas, deve-se procurar imediatamente o serviço médico".