Em Rolândia, o produtor Louis Baudraz mantém constante inovação no modelo de produção de leite, buscando garantir maior conforto aos animais e ampliar o rendimento. Há 54 anos na atividade, Baudraz lembra que a pecuária leiteira já passou por muitas fases e o modo de produção indicado também sofreu alterações ao longo dos anos. No início, a produção era a pasto, depois, o rebanho chegou a ficar em regime de total confinamento, com os animais permanecendo todo o tempo presos pelo pescoço, com mobilidade quase nula. Com o tempo, Baudraz começou a notar redução da longevidade e da produtividade do rebanho e passou a procurar alternativas de manejo. Há cerca de 10 anos escolheu pelo sistema de semiconfinamento, em que o rebanho tem liberdade para optar entre pasto, cochos e galpões.
Segurança alimentar, proteção contra maus-tratos, conforto - com sombra e água fresca, espaço para exercício, área de descanso apropriada e rotina de manejo - e autonomia aos animais. É com base nesses princípios que Baudraz promove bem-estar ao rebanho e, com isso, conquista melhor rendimento. ''Fui mudando conforme a experiência que ia adquirindo, observando como o tratamento era feito em outros lugares'', relata. A Fazenda Tapir, de 110 hectares, reúne atualmente 230 vacas holandesas em lactação, cujo tratamento é feito por 12 funcionários. A produção é vendida diariamente para a Confepar.
Hoje, cada animal do rebanho produz 32,5 litros de leite por dia e gera, em média, 2,5 crias. Para cuidar da saúde do rebanho, Baudraz faz exames preventivos com frequência nos animais. ''Em alguns aspectos, estamos adiantados em relação à lei, priorizando a qualidade do leite. As adaptações são uma questão de necessidade para quem quer ficar na atividade'', afirma.
No início dos anos 2000, o produtor implantou o cultivo de eucaliptos no pasto com o intuito de criar áreas de sombra para o gado. Os animais são divididos em lotes de até 60 animais para evitar a superpopulação e facilitar o manejo. ''Tenho satisfação ao ver o rebanho bem tratado e as vacas tranquilas pastando ou descansando nos cochos. Os animais não falam, mas é preciso saber analisar o que eles querem observando seu comportamento. Deixando as vacas livres, elas escolhem os lugares onde se sentem melhor'', orienta Baudraz.
Avicultura
O avicultor João Paulo Britto, de Maringá, possui dois aviários com capacidade para 32 mil aves cada. As estruturas são recentes e, portanto, contam com alta tecnologia. Entre as inovações, algumas estruturas garantem a sanidade do plantel, como o arco de desinfecção para limpeza dos caminhões e a cerca que separa o aviário das demais instalações da propriedade para evitar contaminação. Além disso, o sistema computadorizado gera zona de conforto térmico aos frangos, alterando a temperatura conforme a necessidade de cada fase de desenvolvimento das aves. ''Com temperatura muito elevada o frango perde peso e se estiver muito frio ele não come para não gastar energia se movimentando. O controle de temperatura proporciona ganho de peso às aves e melhora a produtividade'', esclarece Britto. (M.F.)