A engenheira agrônoma do Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) em Marialva, Silvia Capelari, explica que as uvas estão de ótima qualidade, apesar da produção não ter atingido os patamares esperados. "Apesar da produtividade ter ficado aquém do potencial por conta do inverno longo e rigoroso, vejo que os produtores estão bastante animados com a safra".

A especialista salienta a doçura extra das uvas este ano, já que não houve chuvas torrenciais como aconteceu em safras anteriores. "Hoje encontramos uva com 14 a 15 de brix tranquilamente. Vale dizer que só pode comercializar o produto acima de 14, para atender à legislação e, assim, se tornando imprópria para o consumo".

Ela se lembra que na safrinha muitos agricultores praticamente não tinham conseguido colher a agora a situação é um pouco mais positiva. "Se tivermos uma média de 12 t/ha numa área de 500 ha, devemos chegar a seis mil toneladas de uva na safra. Tudo correu dentro do esperado, sem problemas mais sérios com doenças fúngicas entre outras. Não tivemos uma safra excelente, mas atingirmos pelo menos o patamar de regular", avalia. (V.L.)