PLANTAS MEDICINAIS
PUBLICAÇÃO
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Rui Cépil Diniz
Aspectos Agronômicos: - Planta da família Flacourtiaceae, originada nas regiões secas a úmidas da América Central e do Sul. Distribuída desde o México a Argentina até 1800 m de altitude. Também ocorre nas ilhas ocidentais (Morton, 1981).
Nomes comuns: - Bugre, cafezeiro-do-mato, cafezeiro-brabo, chá-de-bugre, cambaqui, timbati, barredera, guassatonga, guaçatumba, guaçatomba, erva-de-lagarto,pau-de-lagarto, erva-de-pontada, erva-de-bugre, erva de teiú, língua-de-tuí, são gonçalinho.
Exigências climáticas: - Arbusto perene, de regiões tropicais a subtropicais de altitude. Pode tolerar geadas moderadas. Desenvolve-se na orla/borda de florestas, matas regeneradas (pouco densas). Tolera sombreamento.
Solos: Baixa exigência em fertilidade, desenvolve-se em solos com pH 4 - 6, mas prefere solos com boa drenagem.
Propagação: Por sementes, coletadas em outubro-novembro, semeadas em sacos plásticos de 15-20 cm de comprimento e 5 - 8 cm de largura. Após 2 meses as mudas podem ser levadas para o campo.
Espaçamento: 1 metro x 2 a 2,5 m.
Porte: Atinge 3 a 4 m. É planta de meia sombra
Colheita: 1 a 2 anos após plantio no campo.
Rendimento: 0,5 - 1 kg/folha seca/pé (estimativa).
Secagem: À sombra, em secadores solares, à lenha ou eletricidade.
Temperatura máxima do ar na massa de folhas 45oC.
Propriedades terapêuticas: Antisséptico (Gavanales & Brandão, 1998) febrífugo, depurativo, usado em dores pleurísticas, manifestações sifilíticas cutâneas, eczemas, sarnas, úlceras (Basile et al. 1990). Possui ação antiofídica, pode inativar veneno de cobras (Hirschmann & Arias, 1990), tratamento de leproses. Cicatrizante, gastrites e úlceras, por diminuir a secreção ácido-péptica (Trentini A. et. Al., 1995 e Basile A. et. Al., 1986).
Princípios ativos: Nas folhas são encontrados diterpenos, denominados clerodaneos I a VI, outros denominados casearinos B a S (Itokawa, et al. 1992) e triterpenos, além de saponinas, taninos, alcalóides e flavonóides.
Partes utilizadas: Folhas, cascas e raízes
Formas de uso e dosagem:
- Uso tópico: Cataplasmas ou emplasto das folhas; infusão das folhas ou decocção das cascas e raízes; tintura.
Dosagem de preparo: 100 a 200 g de folhas/cascas/ litro de álcool de cereias.
- Uso interno: Infusão das folhas ou decocção das cascas e raízes: 20 a 30 gr/litro de água.
Tempo de uso: Evitar o uso prolongado e em altas doses.
Efeitos colaterais: Hemorragias, vômitos e diarréia no uso prolongado e em altas doses.
Contra-indicações: Gravidez.
Fonte principal de consulta: Cultivo de Plantas medicinais e aromáticas - autor: Paulo Guilherme Ribeiro, co-autor: Rui Cépil Diniz. Editora do Iapar - livro em fase de publicação
RUI CÉPIL DINIZ é médico especialista em Fitomedicina e Saúde da Família, responsável pelo Programa Municipal de Fitoterapia (e-mail: [email protected] e telefone 43-3321-0652).