A cultura da uva garante renda direta a quase 200 famílias e tem ainda grande importância para Rosário do Ivaí, devido a seu efeito no comércio e nos serviços da cidade
A cultura da uva garante renda direta a quase 200 famílias e tem ainda grande importância para Rosário do Ivaí, devido a seu efeito no comércio e nos serviços da cidade | Foto: Fotos: Sérgio Ranalli



Uma parceria entre o Sebrae do Paraná e a Associação dos Produtores de Hortifrutigranjeiros de Rosário do Ivaí (Apri) permitiu que os agricultores da região tivessem acesso à inovação e à tecnologia para o cultivo de uva niágara, em busca de alternativas para aumentar a produtividade. Por meio do Sebraetec, o grupo recebe subsídio de 60% nos custos de suporte técnico e de pesquisas no campo.

Foram adotadas duas frentes em 2016, uma para procurar soluções para pragas e outra para desenvolver e orientar os produtores sobre o manejo do campo. O custo total ficou em R$ 139.750, do qual R$ 83.850 foi pago pelo Sebrae e R$ 55.900 pela Apri.

Uma das frentes foi necessária porque os associados à Apri sofreram em 2015 e em meados de 2016 com uma doença conhecida como podridão da uva madura, que chegou a atingir 40% da colheita de algumas propriedades. O consultor em viticultura e engenheiro agrônomo Werner Genta, que atua em Marialva, foi contratado para orientar os agricultores sobre toda a tecnologia disponível para evitar doenças, por meio de visitas técnicas e palestras.

Em paralelo, a parceria levou à criação de quatro pesquisas de campo. Os objetivos eram definir os produtos mais eficientes para aplicação nas uvas, as melhores formas de manejo, as épocas mais apropriadas de poda da planta para evitar doenças e as técnicas de aplicação.

Imagem ilustrativa da imagem Parceria com Sebraetec garante assistência técnica



O consultor do Sebrae Diego Shiinoki afirma que o órgão atua há mais de dez anos na cidade, por meio do escritório de Ivaiporã. Porém, sempre foram ações pontuais. "Nesse último ano foi contínuo, algo que ocorre desde 2013. Depois que tiveram doenças na uva, fizemos o serviço de tentar potencializar a qualidade, dar mais suculência à fruta, deixá-la maior."

Ele lembra que houve experimentos com 60 produtores, principalmente na parte de pesquisa, para fomentar a economia local. "Para o Sebrae, é importante atender Rosário pela importância da cultura da uva para a cidade, porque tem um impacto por efeito dominó, no comércio e nos serviços da cidade", cita Shiinoki.

PERSPECTIVAS
A qualidade da uva produzida na primeira safra de 2016 ficou abaixo do esperado em virtude das condições climáticas extremamente favoráveis ao desenvolvimento da doença podridão da uva madura. São duas colheitas anuais, uma que começa em março e termina em maio e outra que vai de dezembro a janeiro. O avanço nos estudos obtidos por meio do convênio levam a crer que a produtividade de 15 toneladas por hectare será maior em 2017.

Para este ano, o consultor lembra que as regras para os serviços oferecidos pelo Sebrae ainda não foram definidas. Por isso, ele evita falar em valores, mas prevê os próximos passos para uma eventual renovação de contrato. "Agora é a hora de rever as ações da associação e montar um planejamento estratégico, para buscar formas de agregar valor aos processos que já foram desenvolvidos", afirma Shiinoki.