"Tecnologias agrodigitais se tornarão tão relevantes para o campo quanto foi a introdução da mecanização de plantio e colheita". A declaração audaciosa é do gerente de inovação da Adama, Roberson Marczak. A empresa – que atua segmento agroquímico - aposta também em ferramentas de inovação para que o produtor tome decisões rápidas e eficientes, além, claro, de atraí-los para a utilização de seus defensivos. Uma estratégia que até agora se mostra certeira.

No final de 2014, a área de inovação da empresa percebeu uma grande lacuna que havia em relação a aplicativos dedicados à identificação de pragas, doenças e plantas invasoras nas lavouras brasileiras. Criou-se então um aplicativo que conta com um detalhado trabalho de seleção de ameaças e informações com linguagem simples de como eliminá-las.

O Adama Alvo é composto por completo banco de dados elaborado exclusivamente para o agronegócio brasileiro, com aproximadamente 900 imagens de 190 pragas, plantas daninhas e doenças para seis culturas: soja, milho, trigo, algodão, café e cana. O aplicativo auxilia na identificação rápida do problema e assim, permite melhorar o manejo. "O principal objetivo é ajudar o agricultor a ter, na palma de sua mão, informações atualizadas sobre os problemas que atacam sua lavoura e que possam ser acessadas mesmo sem internet, enquanto ele está trabalhando no campo. Ele possibilita também o acesso a informações sobre o clima, inclusive de sua propriedade rural, caso ele possua uma estação climática fornecida pela Adama. É o primeiro aplicativo desenvolvido especialmente para as culturas do agronegócio brasileiro", salienta Marczak.

Em quase dois no mercado, a resposta no segmento é excelente. O número de downloads supera a marca dos 80 mil, com boa parte dos usuários ativos. Na categoria "suporte e identificação de alvos", o app é o mais baixado do País. "Uma das possibilidades do aplicativo é o contato com um agrônomo da empresa, caso o produtor venha a ter alguma dúvida sobre o problema encontrado em sua lavoura. Temos registro de mais de 1.100 solicitações de suporte, o que comprova a eficácia em se criar um canal digital junto ao agricultor".

Por fim, o gerente de inovação relata que existe uma tendência de adotar aplicativos na rotina de trabalho. "Eu costumo dizer que um agricultor muitas vezes não leva lápis e caderno para dentro da lavoura, mas está com o celular no bolso e pode acessar ferramentas importantes para gerir seu negócio no momento e local onde ele mais precisa: no meio de sua lavoura. Vivemos um tempo de 'agricultura de informação' e o agricultor quer e precisa de serviços digitais que já estão à disposição de muitos outros setores da economia, como o bancário e o de prestação de serviços." (V.L.)